Arquiteto









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Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre o profissional. Para o campo de atuação, veja Arquitetura. Para uma lista de arquitetos famosos, veja Lista de arquitetos.


Arquiteto

Architect.png


























Tipo

Profissão
Setor de atividade

Arquitetura, Planejamento urbano
Competências

Inteligência espacial
Educação requirida

Faculdade de Arquitetura;
Campos de trabalho

área de construção
Empregos relacionadas

Engenheiro

















Códigos
CITP

2141Visualizar e editar dados no Wikidata

IDEO (França)

10012Visualizar e editar dados no Wikidata

ROME (França)

F1101Visualizar e editar dados no Wikidata



Um arquiteto (AO 1945: arquitecto) é o profissional responsável pelo projeto, supervisão e execução de obras de arquitetura. Embora esta seja sua principal atividade, o campo de atuação de um arquiteto envolve todas as áreas correlatas ao controle e desenho do espaço habitado, como o urbanismo, o paisagismo, e diversas formas de design.


Na maior parte dos países do mundo a legislação exige que para que alguém possa ser considerado um arquiteto, este deve possuir um diploma de nível superior.




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 Profissão


    • 2.1 No Brasil


      • 2.1.1 Formação acadêmica


      • 2.1.2 Histórico da profissão no Brasil




    • 2.2 Em Portugal




  • 3 Ver também


  • 4 Referências


  • 5 Ligações externas





Etimologia |


A palavra arquiteto vem do grego arkhitektôn que significa "o construtor principal" (arqui = principal / tectônica = construção) ou "mestre de obras".[1] A compreensão desta etimologia, porém, pode ser expandida na medida em que a palavra arché deixa de ser entendida como "principal" e passa a ser analisada como "princípio". Desta forma, o arquiteto seria o construtor primordial e fundamental, seu próprio arquétipo: ou seja, o arquiteto é o construtor ideal. Existe também outra interpretação onde o significado do prefixo "arch" "arq" pode ser entendido "mais que" ou "alem de" assim "arquiteto" é "mais que construtor" [carece de fontes?]. Existe ainda a associação de "tectum" com "pedra" e seria então ai depois a associação com construção.


Até o Renascimento, não havia distinção entre a atividade de projeto e a execução do mesmo, estando todas as atividades subordinadas à mesma figura: o mestre-construtor. A partir deste momento, o arquiteto surge como figura solitária, separando-se o intelectual do operário, de forma que a palavra passa a assumir os sentidos que possui atualmente.



Profissão |



No Brasil |


O exercício da profissão de arquiteto e urbanista, antes regulamentada pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA)[2] e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), passou a ser regulado pela Lei nº 12.378, que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo, cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAUs e dá outras providências.[3]


O primeiro sistema de regulamentação profissional foi oficializado em 1933, através da fundação do primeiro CREA no Rio de Janeiro. Porém, a profissão existe formalmente no país desde a fundação da Escola Nacional de Belas Artes, também no Rio de Janeiro, no início do século XIX. Anteriormente, não existia formação oficial de arquitetos no país, de forma que os profissionais existentes ou haviam estudado na Europa ou foram aprendizes de corporações de ofício ou de indivíduos isolados (existiram também os auto-didatas, como Aleijadinho).


Devido à não regulamentação de diversas profissões correlatas à arquitetura, são normalmente os arquitetos os profissionais responsáveis por projetos de arquitetura da paisagem e design.















Arquitetura

Sydney Opera House Sails edit02 adj.JPG





Gerais

Arquiteto
Ensino da arquitetura
História da arquitetura
Engenharia Civil
Design
Lista de arquitetos
Lista de escolas de arquitetura
Urbanismo
Paisagismo
Patrimônio arquitetônico
Arquitetura militar
Arquitetura religiosa





Pavimentos

Andar (arquitetura)
Enfileirado (arquitetura)
Estrado (arquitetura)
Douração





Arquitetura sustentável

Banheiro seco
Conforto ambiental
Bloco de terra comprimida
Resíduos de construção e demolição
Resfriamento passivo (arquitetura)
Energia renovável
Telhado verde





Teoria da arquitetura

A Arquitetura da Cidade
Arquitetura bioclimática
Espaço arquitetônico
Arquitetura racionalista
Arquitetura biônica
Linguagem arquitetônica





História da arquitetura

Arquitetura colonial do Brasil
Arquitetura do século XIX
Arquitetura minimalista
Arquitetura orgânica





Estilos arquitetónicos

Arquitetura bizantina
Arquitetura neogótica
Arquitetura moderna
Arquitetura gótica
Arquitetura do neoclassicismo
Arquitetura expressionista





Prémios de arquitetura

Mies van der Rohe
Medalha Heinrich Tessenow
Prémio Pritzker
Prémio IHRU
Prémio Secil
Prémio Valmor
Prémio Stirling





Paisagismo

Espaço verde
Paisagismo lisérgico





Arquitetos famosos

Oscar Niemeyer
Jørn Utzon
Eduardo Souto de Moura
Santiago Calatrava
Lina Bo Bardi
Andrea Palladio
Le Corbusier
Zaha Hadid



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Formação acadêmica |


Assim como a atividade profissional é regulamentada, também são os cursos superiores de Arquitetura e Urbanismo. Já houve a definição de um currículo mínimo por parte do Ministério da Educação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, eliminou esse "currículo mínimo", criando as chamadas "diretrizes curriculares", concedendo autonomia aos cursos para definirem o perfil do profissional que formarão, e diminuindo a carga horária. Nota-se que o ensino é bastante heterogêneo quando se comparam diferentes regiões do país. Com o "currículo mínimo", o curso tinha obrigatoriamente a duração mínima de cinco anos, composto por pelo menos 3 600 horas de aula. Algumas escolas, porém, considerando esta carga horária insuficiente (especialmente as faculdades mais tradicionais), estabeleceram cursos com duração mínima de mais de 5 000 horas. A diminuição da carga horária é, geralmente, considerada pelos profissionais como potenciadora de desqualificação dos futuros arquitetos, ainda mais quando estes têm de competir com arquitetos de outras procedências, como a Europa, onde se está a aplicar o Tratado de Bolonha.


Os cursos costumam ser caracterizados por uma parte das disciplinas voltadas à "simulação prática da profissão" (através das disciplinas de projeto arquitetônico), uma parte à fundamentação histórico-teórica e outra às disciplinas ligadas aos aspectos tecnológicos da atividade. A legislação determina, porém, uma divisão baseada em disciplinas de fundamentação (composta por disciplinas nas áreas de estética, desenho, plástica, história da arte, entre outras), de profissionalização (composta por disciplinas de projeto, planejamento urbano, teoria da arquitetura, paisagismo, história da arquitetura, construção civil, entre outras) e de um trabalho final de graduação, de natureza interdisciplinar. O estágio profissional é obrigatório, sendo pelo menos 300 horas de atividades correlatas ao cargo. Além disso, são comuns as críticas ao sistema educacional pelo seu pouco compromisso àquilo que é chamado de "reais interesses do mercado".



Histórico da profissão no Brasil |


Embora existam indivíduos, como Aleijadinho, que na história da arquitetura brasileira formaram-se arquitetos por autodidatismo ou por formas de aprendizado que não a formação acadêmica, a consolidação do profissional arquiteto e urbanista no Brasil se deu efetivamente com a consolidação das escolas de arquitetura. Durante o século XIX, a maior parte dos profissionais possuía formação de engenheiro-arquiteto (figura profissional histórica, relacionada com a arquitetura eclética), como o paulista Ramos de Azevedo cuja formação se deu na Bélgica. Arquitetos formados no contexto das escolas de Belas-Artes eram relativamente poucos, devido à atuação isolada da Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro.


Durante a década de 1930 a profissão passou por um primeiro momento de valorização com a criação dos CREAs (Conselhos regionais de Engenharia e Arquitetura). A partir da década de 1950 consolidam-se as escolas de arquitetura e urbanismo, cujos currículos eram influenciados pela arquitetura moderna, e elas se difundiram nas décadas seguintes.


A atuação profissional passou por diferentes perfis durante este percurso. Até meados da década de 1970 o arquiteto caracterizava-se essencialmente como profissional liberal, trabalhando em autonomia ou em sociedade em escritórios ou ateliês. A partir daí há um aumento do número de profissionais que se tornam trabalhadores assalariados, envolvidos com o contexto do milagre econômico, da burocracia estatal do Regime Militar e das grandes empresas de engenharia que foram criadas pelas novas demandas surgidas com os investimentos governamentais em infra-estrutura. Com a crise econômica surgida na década de 1980 e o desmonte das estruturas estatais, tal contexto sofrerá igualmente um desmonte.


Nas décadas de 1980 e 90 surgiram também formas de atuação relacionadas com cooperativas de arquitetos e organizações não-governamentais. A atuação liberal, porém, é considerada um mercado saturado nas grandes metrópoles.



Em Portugal |


A profissão é regulamentada pela Ordem dos Arquitectos de Portugal, a qual estabelece que apenas os arquitetos licenciados nela inscritos possuem o direito de exercer a atividade. A recente Lei n.º 31/2009, veio estabelecer que só os arquitetos inscritos ou legalmente reconhecidos pela O.A. podem licenciar atos de arquitetura no território português. Este diploma é muito importante para criar condições para uma melhoria das operações urbanísticas e permitir aos mais de 15.000 arquitetos inscritos, poder exercer a sua profissão com dignidade.



Ver também |



  • Arquitetura

  • Urbanismo

  • Paisagismo

  • Design

  • Designer

  • Profissão

  • Ensino da arquitetura

  • Lista de arquitetos

  • Lista de escolas de arquitetura



Referências




  1. Fine, Steven (2013). Art, History and the Historiography of Judaism in Roman Antiquity (em inglês). Boston: BRILL. p. 28. ISBN 9004238174 


  2. Fernandes Castilho, José Roberto (2014). O arquiteto e a lei: Elementos de direito da arquitetura. São Paulo, SP: Editora Pillares. ISBN 8581830293 


  3. LEI Nº 12.378, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010



Ligações externas |








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Wikcionário

Definições no Wikcionário


  • Wikcionário



  • CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo

  • Instituto dos Arquitetos do Brasil


  • União internacional dos arquitetos (em inglês)

  • Ordem dos Arquitectos de Portugal




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