Copa do Mundo FIFA de 1970
Copa do Mundo FIFA de 1970 | ||||
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Copa Mundial de Fútbol México 70 México 1970 | ||||
Cartaz promocional da Copa de 1970, no México. | ||||
Dados | ||||
Participantes | 16 | |||
Organização | FIFA | |||
Anfitrião | México | |||
Período | 31 de maio – 21 de junho | |||
Gol(o)s | 95 | |||
Partidas | 32 | |||
Média | 2,97 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Brasil (3º título) | |||
Vice-campeão | Itália | |||
3º colocado | Alemanha Ocidental | |||
4º colocado | Uruguai | |||
Melhor marcador | Gerd Müller - 10 gols | |||
Melhor ataque (fase inicial) | Alemanha Ocidental - 10 gols | |||
Melhor defesa (fase inicial) | Nenhum gol:
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Maior goleada (diferença) | México 4-0 El Salvador Estádio Azteca, Cidade do México 7 de junho, Grupo 1, 2ª rodada | |||
Público | 1 603 975 | |||
Média | 50 124,2 pessoas por partida | |||
Premiações | ||||
Melhor jogador jovem | Teofilo Cubillas | |||
Fair play | Peru | |||
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A Copa do Mundo de 1970 foi a 9ª edição da Copa do Mundo FIFA, que ocorreu de 31 de maio até 21 de junho. A competição, conquistada pelo Brasil, foi sediada no México, tendo partidas realizadas nas cidades de Guadalajara, León, Cidade do México, Puebla, Toluca. Dezesseis seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo 9 delas europeias (União Soviética, Bélgica, Itália, Suécia, Inglaterra, Romênia, Tchecoslováquia, Alemanha Ocidental e Bulgária), 5 americanas (México, El Salvador, Uruguai, Brasil e Peru), 1 asiática (Israel) e 1 africana (Marrocos).
As seleções de El Salvador, Israel, e Marrocos faziam sua primeira participação na competição. A edição teve uma grande goleada: México 4-0 El Salvador. A Copa contou com grandes jogadores, como Teofilo Cubillas, Mazurkiewicz, Sepp Maier, Gerd Müller, Uwe Seeler, Karl-Heinz Schnellinger, Franz Beckenbauer e Wolfgang Overath, Giacinto Facchetti, Roberto Rosato, Sandro Mazzola, Luigi Riva, Gianni Rivera e Roberto Boninsegna, Gordon Banks, Bobby Moore, Geoff Hurst, Martin Peters e Bobby Charlton e Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Piazza e Carlos Alberto Torres.
Nas semifinais desta Copa, ocorreu o chamado jogo do século, disputado entre as equipes da Alemanha Ocidental e da Itália. A partida permanecia 1 a 0 para a Itália até os 90 minutos, quando Karl-Heinz Schnellinger empatou a partida e levou a decisão para a prorrogação. Nessa prorrogação, ambas as seleções protagonizaram uma sucessão de viradas de placar até que a Itália firmou a vitória em 4 a 3. Esta partida é tida como a única em todas as Copas a ter 5 gols feitos na prorrogação.
Além destas equipes, uma das seleções favoritas era o Brasil que, embora tenha tido um retrospecto ruim em 1966, montou uma equipe repleta de estrelas, como Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Piazza e Carlos Alberto Torres. Nesta edição, o Brasil venceu todos os jogos das eliminatórias e da Copa. Esta equipe mostrou ser uma das mais eficientes de todos os tempos e foi considerada a melhor de todos os tempos.[1]
A final desta ediçãõ foi disputada pelo Brasil, que havia eliminado o Uruguai e o Peru; e a Itália, que eliminara a Alemanha Ocidental e o México. A partida foi realizada em 21 de junho no Estádio Azteca na Cidade do México, com um público estimado em 108 000 pessoas. Sob o apito do árbitro alemão Rudolf Gloeckner, o primeiro tempo terminou empatado em 1 a 1. Ao final dos 90 minutos, o placar era de 4 a 1 para a equipe brasileira. O título serviu de propaganda política, quando o país estava no auge da ditadura militar brasileira. Este título também pôs o Brasil como a primeira seleção a ser tricampeã, confirmando a superioridade brasileira em relação ao futebol mundial. O capitão Carlos Alberto Torres levantou a Taça Jules Rimet entregue pela última vez em Copas, agora em caráter definitivo.
Índice
1 Escolha da sede
2 Eliminatórias
3 Fase Final
3.1 Primeira fase
3.2 Segunda fase
3.3 Final
4 Mascote
5 Sedes
6 Sorteio
7 Fase inicial
7.1 Grupo 1
7.2 Grupo 2
7.3 Grupo 3
7.4 Grupo 4
8 Fase final
8.1 Quartas de final
8.2 Semifinais
8.3 Disputa do terceiro lugar
8.4 Final
9 Premiações
9.1 Individuais
9.2 All-Star Team
10 Artilharia
11 Classificação final
12 Grupos
12.1 Grupo 1
12.2 Grupo 2
12.3 Grupo 3
12.4 Grupo 4
13 Fatos históricos
14 Ver também
15 Referências
16 Ligações externas
Escolha da sede |
Ver artigo principal: Eleição da sede da Copa do Mundo FIFA
Argentina, Austrália, Colômbia, Japão, México e Peru foram considerados para serem anfitriões da Copa do Mundo FIFA de 1970. O México foi escolhido durante as Olimpíadas de Tóquio como a nação sede através de uma votação no congresso da FIFA em Tóquio, em 8 de outubro de 1964, vencendo a única outra proposta apresentada pela Argentina.[2][3] O fato de a Cidade do México ser a sede dos Jogos de 1968 pesou favoravelmente - o país já teria estrutura suficiente para bancar uma Copa. A altitude quase atrapalhou o desejo mexicano.[3] O torneio tornou-se a primeira Copa do Mundo sediada na América do Norte e a primeira a ser realizada fora da América do Sul e Europa; anos depois, o México se tornaria o primeiro país a sediar duas vezes a Copa do Mundo FIFA, quando recebeu o evento de 1986, depois que a sede original, a Colômbia, desistiu por problemas financeiros.[2]
Eliminatórias |
Ver artigo principal: Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1970
Um total de 75 times se inscreveram para as Eliminatórias. Notáveis equipes como Portugal, França, Hungria, Argentina e Espanha falharam em obter a classificação. Enquanto isso, o Marrocos tornou-se a primeira seleção africana a participar das finais da Copa desde a Segunda Guerra Mundial.
Fase Final |
Primeira fase |
A Copa de 1970 foi, como de costume, precedida por disputas sobre sua organização. Esta Copa foi a primeira a ser televisionada em cores. Porém, para que as transmissões se encaixassem melhor nas programações da televisão européia, algumas partidas começaram ao meio-dia. Esta foi uma decisão impopular entre muitos jogadores e treinadores por causa do intenso calor no México neste período do dia.
O formato da competição permaneceu o mesmo da Copa anterior: 16 equipes classificadas, divididas em quatro grupos com quatro que se enfrentariam em turno único. Os dois primeiros colocados classificar-se-iam às quartas-de-final. Porém, pela primeira vez nas Copas, o critério de desempate em no caso de igualdade de pontos na fase de grupos era o saldo de gols (e não mais jogos-desempate e goal average) e se dois ou mais times tivessem o mesmo saldo de gols, o desempate se daria por sorteio. Se uma partida das quartas ou das semifinais resultasse num empate após a prorrogação também haveria sorteio para definir a equipe classificada.
Pela primeira vez, substituições foram permitidas em Copas do Mundo. Cada time poderia fazer duas alterações durante o jogo. A União Soviética foi o primeiro time a se utilizar do expediente contra o México na partida de abertura. Viktor Serebryanikov foi o primeiro jogador a ser substituído, pois Anatoly Puzach entrou em seu lugar após os 45 minutos iniciais.
Esta Copa também foi a primeira a apresentar o uso dos cartões amarelo e vermelho para advertências e expulsões respectivamente (note que as advertências e expulsões já existiam antes de 1970). Cinco cartões amarelos foram mostrados na partida de abertura entre México e URSS, enquanto nenhum cartão vermelho foi mostrado em todo o torneio.
A controvérsia cercou a Copa antes mesmo que uma bola fosse chutada. Bobby Moore, capitão da seleção inglesa foi acusado de roubo a uma joalheria, e subseqüentemente preso, na Colômbia, onde o time fazia um amistoso pré-Copa. Ele foi solto temporariamente para poder jogar a Copa, e depois as acusações foram discretamente retiradas.
No Grupo 1, os donos da casa não decepcionaram sua torcida e se classificaram junto com a União Soviética, ainda que houvesse algumas controvérsias nas vitórias mexicanas de 1 a 0 sobre a Bélgica e de 4 a 0 sobre El Salvador.
O Grupo 2 apresentou exatos seis gols em seis jogos com Itália, atual campeã européia, e Uruguai, atual campeão sul-americano, prevalecendo sobre Suécia e a surpreendente seleção de Israel após uma série de partidas pouco empolgantes. Desse grupo porém acabaria saindo dois dos quatro semi-finalistas.
Os primeiros grandes momentos desta memorável Copa do Mundo ocorreram no Grupo 3, no qual o bicampeão Brasil e a defensora do título, Inglaterra se somaram as fortes equipes européias da Tchecoslováquia e Romênia. Na revanche da final da Copa de 1962, os brasileiros começaram perdendo para os tchecoslovacos, mas conseguiram reagir e acabaram por vencer a partida por 4 gols a 1. Pelé marcou um dos gols, mas o lance dele que ficaria marcado para sempre nesta partida foi a tentativa efetuada do meio de campo que quase bateu o goleiro Ivo Viktor, a bola passou rente a trave. O choque de campeões entre a seleção canarinho e o English Team atendeu às expectativas. O lance mais célebre desta partida foi a forte cabeçada para o chão de Pelé que não atingiu o gol por conta de uma impressionante defesa de Gordon Banks, que conseguiu colocar sua mão por baixo da bola e mandá-la por cima do travessão. No fim, foi um gol de Jairzinho que sacramentou a vitória dos brasileiros pela contagem mínima. Na última rodada, a Romênia impôs dificuldades ao Brasil, mas o time de Zagallo acabou vencendo por 3 a 2. A Inglaterra também passou à segunda fase, batendo romenos e tchecoslovacos pela contagem mínima.
No Grupo 4, o Peru e seu estilo ofensivo conseguiu uma importante vitória contra a Bulgária por 3 a 2, após estar perdendo de 2 a 0 no intervalo. Marrocos começou bem sua primeira partida contra a Alemanha Ocidental, saindo na frente. Mas os alemães conseguiram a virada por 2 a 1. Os alemães também começaram atrás contra os búlgaros, mas um hat-trick de Gerd Muller ajudou na virada, que acabou em 5 a 2. Muller marcou mais um hat-trick na última rodada com placar de 3 a 1 dos alemães contra os peruanos. No fim, o Peru acabou avançando junto com a Alemanha Ocidental, pois havia vencido Marrocos por 3 a 0, com três gols em 11 minutos.
Segunda fase |
Nas quartas-de-final uma transformada Itália bateu o México por 4 a 1, de virada. Os donos da casa saíram na frente com um gol de José Gonzales, mas Gustavo Pena marcaria um gol contra empatando a partida antes do intervalo. A Itália dominou o segundo tempo. Dois gols de Luigi Riva e um de Gianni Rivera trouxeram o jogo ao seu placar final. Em Guadalajara, o caminho do Peru acabaria com a derrota de 4 a 2 para o Brasil após uma partida que demonstrou dois times ofensivos.
A partida entre Uruguai e União Soviética permaneceu sem gols até cinco minutos antes do fim da prorrogação, quando Victor Espárrago conseguiu arrancar um gol e classificando os sul-americanos. A última quarta-de-final foi uma revanche da final da Copa anterior entre Inglaterra e Alemanha Ocidental, produziu uma das grandes partidas da história da Copa do Mundo. A Inglaterra sofreu um duro golpe antes do jogo, quando Gordon Banks sofreu severas dores de estômago. Seu reserva Peter Bonetti assumiu a posição, e no começo do segundo tempo os ingleses lideravam por 2 a 0 e o jogo aparentava já estar decidido. Porém, a Alemanha marcou com Franz Beckenbauer no minuto 68. Em pânico, o técnico inglês Alf Ramsey decidiu substituir Bobby Charlton. Sem Charlton, a Inglaterra não conseguia mais se firmar na partida e não conseguia conter os incessantes ataques alemães. A oito minutos do fim, Uwe Seeler cabeceou para marcar o gol de empate. A Alemanha Ocidental agora era a dona do jogo e, na prorrogação, com um erro de Bonetti, Gerd Muller marcou o gol da vitória, impossibilitando a defesa do título por parte dos ingleses.
As semifinais apresentaram quatro times que já haviam vencido a Copa no passado: Brasil vs. Uruguai, numa revanche da partida final da Copa de 1950, e Itália vs. Alemanha Ocidental. No jogo entre os sul-americanos, o Brasil conseguiu bater o Uruguai por 3 a 1 de virada. Esta partida apresentou mais um brilhante lance de Pelé: com a posse de bola dentro da área, ele conseguiu ficar frente a frente com Ladislao Mazurkiewicz e, sem tocar a bola, ela passou à esquerda do goleiro, Pelé correu para o lado direito, pegando a bola com o gol vazio a sua frente. O zagueiro Ancheta não conseguiu tirar a bola, mas Pelé não conseguiu marcar por muito pouco. A semifinal composta pelos europeus é tida por muitos como o melhor jogo da história das Copas do Mundo. A Itália saiu na frente aos 8 minutos com um gol de Roberto Boninsegna após uma bela jogada de "um-dois" com Luigi Riva. A Alemanha Ocidental pressionou em busca do empate pelo resto do jogo, até o final quando Karl-Heinz Schnellinger, que jogava na equipe italiana do AC Milan, marcou o gol de empate nos acréscimos. Na prorrogação, Gerd Muller virou a partida para os alemães no minuto 94. E Tarcisio Burgnich empatou novamente. No minuto 104, Riva marcou o terceiro gol italiano sob a meta de Sepp Maier, mas Muller uma vez mais marcaria, seis minutos depois. A direção de TV ainda estava mostrando a repetição desse gol quando o meio-campista italiano Gianni Rivera, desmarcado perto da marca do pênalti, voleou um belo cruzamento de Boninsegna para o gol da vitória no minuto 111. Franz Beckenbauer jogou parte da partida com uma clavícula quebrada após tentar simular uma falta na prorrogação. Como Helmut Schön, técnico da Alemanha Ocidental, já havia feito as duas substituições permitidas, Beckenbauer ficou com o braço numa tipóia. A partida é tida como o "Jogo do Século", também conhecido como a Partita del Secolo na Itália e Jahrhundertspiel na Alemanha. Um monumento no Estádio Azteca na Cidade do México homenageia o jogo. A Alemanha Ocidental conseguiu o terceiro lugar ao bater o Uruguai por 1 a 0.
Final |
Na final, o Brasil saiu na frente, com Pelé cabeceando um cruzamento de Rivellino no minuto 18. Roberto Boninsegna empatou para os itallianos após falha da defesa brasileira. Gérson bateu um forte chute para o segundo gol, e ajudou na marcação do terceiro, com um lançamento de falta para Pelé que cabeceou para Jairzinho. Pelé finalizou sua grande performance saindo da marcação da defesa italiana e assistindo Carlos Alberto Torres no flanco direito para o gol derradeiro. O gol de Carlos Alberto, após uma série de passes da seleção brasileira da esquerda para o centro, é considerado pela BBC o gol mais bonito de todos os tempos. Dos onze jogadores do time brasileiro, dez tocaram na bola antes do gol.
A vitória consagrou o Brasil como a primeira equipe a conquistar três títulos na história das Copas.
Com sua terceira vitória após 1958 e 1962, o Brasil pôde reter a posse da Taça Jules Rimet permanentemente (ironicamente, ela seria roubada em 1983 enquanto estava em exposição no Rio de Janeiro e nunca foi recuperada). O técnico brasileiro Mário Jorge Lobo Zagallo foi o primeiro futebolista a se tornar campeão mundial como jogador (1958 e 1962) e como técnico, e Pelé encerrou sua carreira nas Copas do Mundo como o primeiro (e até agora único) vencedor por três vezes.
Jairzinho marcou pelo menos um gol em cada dos seis jogos do Brasil (no primeiro jogo, contra a Tchecoslováquia, ele marcou dois), um feito que até agora não foi repetido. Porém, o artilheiro do torneio foi Gerd Müller, da Alemanha Ocidental, com 10 gols. Müller conseguiu marcar hat-tricks em dois jogos consecutivos, contra a Bulgária e contra o Peru na fase de grupos.
Mascote |
A mascote oficial da Copa do Mundo foi Juanito, um garoto vestindo o uniforme da seleção mexicana e um sombrero.
Sedes |
Cinco cidades sediaram o torneio:
Guadalajara | León (México) | Cidade do México |
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Estádio Jalisco | Estádio Nou Camp | Estádio Azteca |
Capacidade: 62.384 | Capacidade: 33.943 | Capacidade: 115.500 |
Guadalajara León Cidade do México Puebla Toluca Copa do Mundo FIFA de 1970 (México) | Puebla de Zaragoza | Toluca |
Estádio Cuauhtémoc | Estádio Nemesio Díez | |
Capacidade: 46.912 | Capacidade: 27.000 | |
Sorteio |
O sorteio foi realizado no Maria Isabel Sheraton Hotel na Cidade do México no dia 10 de Janeiro de 1970.
É um mistério como foi feito o sorteio dessa edição da Copa.
Fase inicial |
Grupo 1 |
Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
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1 | União Soviética | 5 | 3 | 2 | 1 | 0 | 6 | 1 | +5 |
2 | México | 5 | 3 | 2 | 1 | 0 | 5 | 0 | +5 |
3 | Bélgica | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
4 | El Salvador | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 0 | 9 | –9 |
31 de maio | México | 0 – 0 | União Soviética | Estádio Azteca, Cidade do México |
12:00 | Relatório | Público: 107 160 Árbitro: FRG Kurt Tschenscher |
3 de junho | Bélgica | 3 – 0 | El Salvador | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 | Van Moer 12', 54' Lambert 79' (pen) | Relatório | Público: 92 205 Árbitro: ROU Andrei Rădulescu |
6 de junho | União Soviética | 4 – 1 | Bélgica | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 | Byshovets 14', 63' Asatiani 57' Khmelnytskyi 76' | Relatório | Lambert 86' | Público: 95 261 Árbitro: SUI Rudolf Scheurer |
7 de junho | México | 4 – 0 | El Salvador | Estádio Azteca, Cidade do México |
12:00 | Valdivia 45', 46' Fragoso 58' Basaguren 83' | Relatório | Público: 103 058 Árbitro: EGY Ali Kandil |
10 de junho | União Soviética | 2 – 0 | El Salvador | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 | Byshovets 51', 74' | Relatório | Público: 89 979 Árbitro: CHI Rafael Hormazábal Díaz |
11 de junho | México | 1 – 0 | Bélgica | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 | Peña 14' (pen) | Relatório | Público: 108 192 Árbitro: ARG Ángel Norberto Coerezza |
Grupo 2 |
Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Itália | 4 | 3 | 1 | 2 | 0 | 1 | 0 | +1 |
2 | Uruguai | 3 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 1 | +1 |
3 | Suécia | 3 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 2 | 0 |
4 | Israel | 2 | 3 | 0 | 2 | 1 | 1 | 3 | –2 |
2 de junho de 1970 16:00 | Uruguai | 2 – 0 | Israel | Puebla, Estádio Cuauhtémoc Árbitro: Davidson (Escócia) Público: 20,000 |
Maneiro 23' Mujica 81' | |
3 de junho de 1970 16:00 | Itália | 1 – 0 | Suécia | Toluca, Estádio Luis Dosal Árbitro: Taylor (Inglaterra) Público:14,000 |
Domenghini 11' | |
6 de junho de 1970 16:00 | Uruguai | 0 – 0 | Itália | Puebla, Estádio Cuauhtémoc Árbitro: Glöckner (Alemanha Oriental) Público: 30,000 |
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7 de junho de 1970 12:00 | Israel | 1 – 1 | Suécia | Toluca, Estádio Luis Dosal Árbitro: Tarekegn (Etiópia) Público: 10,000 |
Spiegler 56' | Turesson 53' |
10 de junho, 1970 16:00 | Suécia | 1 – 0 | Uruguai | Puebla, Estádio Cuauhtémoc Árbitro: Landauer (Estados Unidos) Público: 18,000 |
Grahn 90' | |
11 de junho de 1970 16:00 | Itália | 0 – 0 | Israel | Toluca, Estádio Luis Dosal Árbitro: Airton Vieira de Moraes (Brasil) Público: 10,000 |
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Grupo 3 |
Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Brasil | 6 | 3 | 3 | 0 | 0 | 8 | 3 | +5 |
2 | Inglaterra | 4 | 3 | 2 | 0 | 1 | 2 | 1 | +1 |
3 | Romênia | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
4 | Tchecoslováquia | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 2 | 7 | –5 |
2 de junho | Inglaterra | 1 – 0 | Romênia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 | Hurst 65' | Relatório | Público: 50 560 Árbitro: BEL Vital Loraux |
3 de junho | Brasil | 4 – 1 | Tchecoslováquia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 | Rivelino 24' Pelé 59' Jairzinho 61', 83' | Relatório | Petráš 11' | Público: 52 897 Árbitro: URU Ramón Barreto Ruiz |
6 de junho | Romênia | 2 – 1 | Tchecoslováquia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 | Neagu 52' Dumitrache 75' (pen) | Relatório | Petráš 5' | Público: 56 818 Árbitro: MEX Diego De Leo |
7 de junho | Brasil | 1 – 0 | Inglaterra | Jalisco, Guadalajara |
12:00 | Jairzinho 59' | Relatório | Público: 66 843 Árbitro: ISR Abraham Klein |
10 de junho | Brasil | 3 – 2 | Romênia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 | Pelé 19', 67' Jairzinho 22' | Relatório | Dumitrache 34' Dembrowski 84' | Público: 50 804 Árbitro: AUT Ferdinand Marschall |
11 de junho | Inglaterra | 1 – 0 | Tchecoslováquia | Jalisco, Guadalajara |
16:00 | Clarke 50' (pen) | Relatório | Público: 49 292 Árbitro: FRA Roger Machin |
Grupo 4 |
Pos. | Seleção | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Alemanha Ocidental | 6 | 3 | 3 | 0 | 0 | 10 | 4 | +6 |
2 | Peru | 4 | 3 | 2 | 0 | 1 | 7 | 5 | +2 |
3 | Bulgária | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 5 | 9 | –4 |
4 | Marrocos | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 2 | 6 | –4 |
2 de junho de 1970 16:00 | Peru | 3 – 2 | Bulgária | León, Estádio Nou Camp Árbitro: Sbardella (Itália) Público: 14 000 |
Gallardo 51' Chumpitaz 55' Cubillas 73' | Dermendzhev 12' Bonev 50' |
3 de junho de 1970 16:00 | Alemanha Ocidental | 2 – 1 | Marrocos | León, Estádio Nou Camp Árbitro: van Ravens (Países Baixos) Público: 9 000 |
Seeler 55' Müller 80' | Houmane 20' |
6 de junho de 1970 16:00 | Peru | 3 – 0 | Marrocos | León, Estádio Nou Camp Árbitro: Bakhramov (União Soviética) Público: 13 500 |
Cubillas 65', 75' Challe 68' | |
7 de junho de 1970 12:00 | Alemanha Ocidental | 5 – 2 | Bulgária | León, Estádio Nou Camp Árbitro: Mendebil (Espanha) Público: 12 700 |
Libuda 20' Müller 28', 52' (pen.), 87' Seeler 68' | Nikodimov 12' Kolev 88' |
10 de junho de 1970 16:00 | Alemanha Ocidental | 3 – 1 | Peru | León, Estádio Nou Camp Árbitro: Aguilar (México) Público: 18 000 |
Müller 20', 25', 39' | Cubillas 44' |
11 de junho de 1970 16:00 | Marrocos | 1 – 1 | Bulgária | León, Estádio Nou Camp Árbitro: Ribeiro (Portugal) Público: 12 000 |
Ghazouani 60' | Zhechev 40' |
Fase final |
Quartas de final | Semifinais | Final | ||||||||
| | | | | | | | | | |
14 de junho – Cidade do México | | | | | ||||||
União Soviética | 0 | |||||||||
17 de junho – Guadalajara | ||||||||||
Uruguai (pro.) | 1 | | ||||||||
Uruguai | 1 | |||||||||
14 de junho – Guadalajara | ||||||||||
| Brasil | 3 | | |||||||
Brasil | 4 | |||||||||
21 de junho — Cidade do México | ||||||||||
Peru | 2 | | ||||||||
Brasil | 4 | |||||||||
14 de junho – Toluca | ||||||||||
| Itália | 1 | ||||||||
Itália | 4 | |||||||||
17 de junho – Cidade do México | ||||||||||
México | 1 | | ||||||||
Itália (pro.) | 4 | Terceiro Lugar | ||||||||
14 de junho – León | ||||||||||
| Alemanha Ocidental | 3 | | |||||||
Alemanha Ocidental (pro.) | 3 | Uruguai | 0 | |||||||
Inglaterra | 2 | | Alemanha Ocidental | 1 | ||||||
20 de junho – Cidade do México | ||||||||||
Quartas de final |
14 de junho | Itália | 4 – 1 | México | Luis Dosal, Toluca |
12:00 | Guzmán 25' Riva 63', 76' Rivera 70' | Relatório | González 13' | Público: 26 851 Árbitro: SUI Rudolf Scheurer |
14 de junho | Alemanha Ocidental | 3 – 2 (pro) | Inglaterra | Nou Camp, León |
12:00 | Beckenbauer 68' Seeler 82' Müller 108' | Relatório | Mullery 31' Peters 49' | Público: 23 357 Árbitro: ARG Ángel Norberto Coerezza |
14 de junho | Brasil | 4 – 2 | Peru | Jalisco, Guadalajara |
12:00 | Rivellino 11' Tostão 15', 52' Jairzinho 75' | Relatório | Gallardo 28' Cubillas 70' | Público: 54 233 Árbitro: BEL Vital Loraux |
14 de junho | Uruguai | 1 – 0 (pro) | União Soviética | Estádio Azteca, Cidade do México |
12:00 | Espárrago 117' | Relatório | Público: 26 085 Árbitro: NED Laurens van Ravens |
Semifinais |
17 de junho | Brasil | 3 – 1 | Uruguai | Jalisco, Guadalajara |
16:00 | Clodoaldo 44' Jairzinho 76' Rivellino 89' | Relatório | Cubilla 19' | Público: 51 261 Árbitro: ESP José María Ortiz de Mendibil |
Ver artigo principal: Jogo do século (futebol)
17 de junho | Itália | 4 – 3 (pro) | Alemanha Ocidental | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 | Boninsegna 8' Burgnich 98' Riva 104' Rivera 111' | Relatório | Schnellinger 90' Müller 94', 110' | Público: 102 444 Árbitro: MEX Arturo Yamasaki |
Disputa do terceiro lugar |
20 de junho | Alemanha Ocidental | 1 – 0 | Uruguai | Estádio Azteca, Cidade do México |
16:00 | Overath 26' | Relatório | Público: 104 403 Árbitro: ITA Antonio Sbardella |
Final |
Ver artigo principal: Final da Copa do Mundo FIFA de 1970
21 de junho | Brasil | 4 – 1 | Itália | Estádio Azteca, Cidade do México |
12:00 | Pelé 18' Gérson 66' Jairzinho 71' Carlos Alberto 86' | Relatório | Boninsegna 37' | Público: 107 412 Árbitro: GDR Rudi Glöckner |
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Premiações |
Campeão da Copa do Mundo FIFA de 1970 |
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Brasil Terceiro título |
Individuais |
Bola de Ouro | Bola de Prata | Bola de Bronze | Melhor Goleiro |
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Pelé | Gérson | Gerd Müller | Ladislao Mazurkiewicz |
Chuteira de Ouro | Chuteira de Prata | Chuteira de Bronze | Troféu Fair Play |
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Gerd Müller | Jairzinho | Teófilo Cubillas | Peru |
All-Star Team |
Goleiros/Guarda-Redes | Defensores/Defesas | Meias/Médios | Atacantes/Avançados |
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Ladislao Mazurkiewicz | Carlos Alberto Torres Piazza Franz Beckenbauer Giacinto Facchetti | Gérson Roberto Rivellino Bobby Charlton | Pelé Gerd Müller Jairzinho |
Artilharia |
- 10 gols (1)
FRG Gerd Müller
- 7 gols (1)
BRA Jairzinho
- 5 gols (1)
PER Teófilo Cubillas
- 4 gols (2)
BRA Pelé
USR Anatoly Byshovets
- 3 gols (1)
BRA Roberto Rivellino
ITA Luigi Riva
FRG Uwe Seeler
- 2 gols (9)
BEL Raoul Lambert
BEL Wilfried Van Moer
BRA Tostão
TCH Ladislav Petráš
ITA Roberto Boninsegna
ITA Gianni Rivera
MEX Javier Valdivia
PER Alberto Gallardo
ROU Florea Dumitrache
- 1 gol (37)
BRA Carlos Alberto
BRA Clodoaldo
BRA Gérson
BUL Hristo Bonev
BUL Dinko Dermendzhiev
BUL Todor Kolev
BUL Asparuh Nikodimov
BUL Dobromir Zhechev
ENG Allan Clarke
ENG Geoff Hurst
ENG Alan Mullery
ENG Martin Peters
ISR Mordechai Spiegler
ITA Tarcisio Burgnich
ITA Angelo Domenghini
MAR Maouhoub Ghazouani
MAR Houmane Jarir
MEX Juan Ignacio Basaguren
MEX Javier Fragoso
MEX José Luis González
MEX Gustavo Peña
PER Roberto Challe
PER Héctor Chumpitaz
ROU Emerich Dembrovschi
ROU Alexandru Neagu
URS Kakhi Asatiani
URS Vitaliy Khmelnitsky
SWE Ove Grahn
SWE Tom Turesson
URU Luis Cubilla
URU Víctor Espárrago
URU Ildo Maneiro
URU Juan Mujica
FRG Franz Beckenbauer
FRG Reinhard Libuda
FRG Wolfgang Overath
FRG Karl-Heinz Schnellinger
- Gol contra (1)
MEX Gustavo Peña (para a Itália)
Classificação final |
A classificação final é determinada através da fase em que a seleção alcançou e a sua pontuação, levando em conta os critérios de desempate.
Pos. | Seleção | Gr. | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Final | ||||||||||
1 | Brasil | 3 | 12 | 6 | 6 | 0 | 0 | 19 | 7 | +12 |
2 | Itália | 2 | 8 | 6 | 3 | 2 | 1 | 10 | 8 | +2 |
Decisão do 3º e 4º lugares | ||||||||||
3 | Alemanha Ocidental | 4 | 10 | 6 | 5 | 0 | 1 | 17 | 10 | +7 |
4 | Uruguai | 2 | 5 | 6 | 2 | 1 | 3 | 4 | 5 | –1 |
Eliminados nas quartas de final | ||||||||||
5 | União Soviética | 1 | 5 | 4 | 2 | 1 | 1 | 6 | 2 | +4 |
6 | México | 1 | 5 | 4 | 2 | 1 | 1 | 6 | 4 | +2 |
7 | Peru | 4 | 4 | 4 | 2 | 0 | 2 | 9 | 9 | 0 |
8 | Inglaterra | 3 | 4 | 4 | 2 | 0 | 2 | 4 | 4 | 0 |
Eliminados na fase de grupos | ||||||||||
9 | Suécia | 2 | 3 | 3 | 1 | 1 | 1 | 2 | 2 | 0 |
10 | Bélgica | 1 | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
11 | Romênia | 3 | 2 | 3 | 1 | 0 | 2 | 4 | 5 | –1 |
12 | Israel | 2 | 2 | 3 | 0 | 2 | 1 | 1 | 3 | –2 |
13 | Bulgária | 4 | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 5 | 9 | –4 |
14 | Marrocos | 4 | 1 | 3 | 0 | 1 | 2 | 2 | 6 | –4 |
15 | Tchecoslováquia | 3 | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 2 | 7 | –5 |
16 | El Salvador | 1 | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 0 | 9 | –9 |
Grupos |
Grupo 1 |
Grupo 2 |
Grupo 3 |
Grupo 4 |
Fatos históricos |
- Foi a primeira Copa do Mundo que passou a ter substituições durante as partidas. Só poderiam ser feitas 2 substituições por equipe no decorrer das partidas. A primeira seleção a estrear o formato foi a URSS, que, na partida inaugural do mundial diante do México colocou Puzach no lugar de Serebryanikov no intervalo da partida.
- Também foi a primeira Copa do Mundo em que os árbitros passaram a utilizar os cartões amarelo e vermelho para advertência e expulsão de atletas.
- Foi a primeira Copa do Mundo a ser televisionada via satélite para todo o mundo. No total, 50 países de todo o mundo assistiram ao evento. No Brasil, um pool de imprensa foi feito entre a Rede Tupi, Rede Globo, Rede Bandeirantes e REI.
- Foi a primeira Copa do Mundo que teve a bola oficial do torneio, fabricada pela Adidas. Foi a bola Telstar, a famosa bola de pentágonos pretos e hexágonos brancos. Utilizada com sucesso na Eurocopa de 1968, ela foi utilizada por razões simples: seu desenho e suas cores facilitariam sua visualização nos aparelhos de TV em preto-e-branco, maioria na época. Esta bola virou o esterotipo para a bola de futebol no imaginario comum.
- Curiosamente, a Telstar teve edições com cores variadas utilizadas nas partidas. Nos jogos Alemanha X Bulgária e México X El Salvador, ambas na 1ª fase e na quarta-de-final Alemanha X Inglaterra, a cor da bola era marrom clara. E na semifinal Itália X Alemanha, a bola usada no 1° tempo da partida era branca. Só depois a bola original foi utilizada no restante do jogo.
- Ocorre o 1ª confronto em que nenhuma das duas seleções são européias ou sul-americanas. O confronto aconteceu entre México e El Salvador.
- Na partida da primeira fase do mundial entre México e El Salvador, ocorreu um lance bizarro aos 45 minutos do primeiro tempo: o árbitro egípcio Ali Khandil marcara falta a favor do time salvadorenho. Espertamente, Padilla tocou a bola, o juiz deixou a jogada seguir e o centroavante Valdivia marca o primeiro gol mexicano na partida. Incrivelmente, o árbitro valida o gol. O time salvadorenho fecha o tempo e se recusa a reiniciar o jogo. Khandil começa a advertir os jogadores de El Salvador. Até que os jogadores salvadorenhos chutam a bola para fora do campo. Para evitar problemas, Khandil resolve encerrar o 1° tempo. El Salvador voltou para jogar o 2° tempo, mas, claramente desanimados, perderam o jogo por 4-0. Khandil nunca mais foi chamado para apitar jogos de Copa.
- Também pela 1ª fase, a partida entre Suécia e Israel a pancadaria correu solta entre os jogadores, com a complacência do árbitro etíope Seyoum Tarekegn. A violência foi tamanha que, num lance do jogo em que a Suécia vencia por 1-0, o atacante israelense Spiegler atingiu o goleiro sueco Sven-Gunnar Larsson após este ter feito a defesa. Spiegler não foi expulso, e pior: 3 minutos depois ele empatou o jogo para o estado judeu.
- Mais uma da 1ª fase: No jogo entre Brasil X Tchecoslováquia, o centroavante Petráš abriu o placar para sua seleção, e foi comemorar se ajoelhando perto da linha lateral, e fazendo o sinal da cruz (gesto comum do catolicismo). Na final Brasil X Itália, o centroavante brasileiro Jairzinho, ao marcar o 3° gol brasileiro, também faria o mesmo.
- No dia seguinte, pela comemoração do gol, tanto Petráš quanto toda a equipe tchecoslovaca acabaria sendo advertida pela delegação de seu país para que fossem mais moderados nas comemorações. Pelas regras do governo comunista da época, vigente no Leste Europeu, não eram permitidas manifestações de cunho religioso, uma vez que o próprio regime comunista é, na sua essência, ateu.
- Pelo jeito, a advertência da delegação tcheca não adiantou muito, pois, no jogo seguinte, contra a Romênia, o mesmo Petráš abriu o placar, e repetiu o gesto, com os companheiros o abraçando e o apoiando. Mas a Romênia reagiria marcando 2 gols e virando o jogo.
- Outra da 1ª fase: No jogo mais esperado desta fase, Brasil X Inglaterra, disputado no "sol a pino" do meio-dia (horário mexicano), após o time inglês voltar a campo para o 2° tempo, a equipe brasileira não aparecia. O time brasileiro só voltaria a campo 5 minutos depois do tempo marcado para o reinício do 2° tempo. Os jogadores ingleses ficaram expostos no sol quente, enquanto as câmaras filmaram o goleiro Gordon Banks descansando na sombra da trave.
- O centroavante sueco Ove Kindvall passou para a história por ter tido 2 gols seus anulados: um na partida contra a Itália e outro na partida contra o Uruguai.
- No jogo das quartas-de-final entre Uruguai X União Soviética, um lance controverso deu a vitória aos sul-americanos. Aos 12 minutos do 2° tempo da prorrogação, com a partida em 0-0, houve uma falta a favor da Celeste na intermediária. Ubiña levantou na área, Ancheta e Shesternyov dividiram a bola, que chegou a estar em cima da linha de fundo. Após recuperar a bola de Khurtsilava, que fazia o corta-luz, para que a bola saísse pela linha de fundo, Luis Cubilla cruzou para o gol de cabeça de Víctor Espárrago. Os soviéticos reclamaram que a bola recuperada por Cubilla tinha saído por completo pela linha de fundo. O replay do lance, tanto pelo filme oficial, quanto pelas imagens da TV não mostram com precisão se a bola saiu por completo no lance. O árbitro holandês Laurens van Ravens acabou por validar o gol, uma vez que o assistente alemão-oriental Rudi Glöckner não assinalou a saída de bola, e acabou correndo para o centro do campo após a marcação do gol.
- Na partida das quartas-de-final entre Alemanha X Inglaterra, Gordon Banks não pôde jogar devido a uma intoxicação alimentar causada pelo "Mal de Montezuma", um tipo de desarranjo intestinal que a água de torneira causa em algumas regiões do México. O pior é que o substituto de Banks, Peter Bonetti, também sofria do mesmo mal, e não informou aos médicos da delegação acerca do seu estado de saúde, e que bebera a mesma água que Banks. As câmeras de TV mostravam as expressões faciais de Bonetti durante o jogo, mostrando que estava sendo dilapidado pela desidratação (um dos sintomas da doença) e o calor. Diante disso, os alemães reagiram de forma espetacular para vencer o jogo por 3-2, num jogo em que perdiam por 2-0.
- Durante a prorrogação no jogo Itália 4x3 Alemanha Ocidental no Estádio Azteca, o líbero Franz Beckembauer protagonizou uma cena emocionante ao jogar com o braço na tipóia, antes dele se machucar o técnico Helmut Schön tinha feito as duas alterações permitidas.
- Quatro Seleções retornam a uma Copa do mundo após um longo hiato:
Peru Após 40 anos (a última foi em 1930).
Roménia Após 32 anos (a última foi em 1938).
Bélgica Após 16 anos (a útlima foi em 1954).
Suécia Após 12 anos (a última foi em 1958).
Ver também |
- Elencos da Copa do Mundo FIFA de 1970
- Jogo do século (futebol)
Referências
↑ «"Seleção brasileira de 1970 é a melhor de todos os tempos", O Globo online, 9 de setembro de 2007» 🔗
↑ ab «Host Announcement Decision» (PDF). FIFA. 2 de dezembro de 2010
↑ ab «Copa do Mundo 1970 - México | globoesporte.com». globoesporte.globo.com. Consultado em 24 de março de 2018
Ligações externas |
FIFA.com - 1970 FIFA World Cup Mexico (em inglês)
Uma experiencia pessoal da Copa do Mundo de 1970 (em português)