Rio Poti
País | Brasil |
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Localização | Piauí |
Altitude | 59 m |
Coordenadas | 5° 02′ S, 42° 50′ O |
Comprimento | 538 km |
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Tipo | Rio |
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Nascente | Serra dos Cariris Novos,[2] Quiterianópolis Ceará |
Afluente principal | Rio Itaim (Ceará) |
Foz | Rio Parnaíba Teresina Piauí |
O rio Poti é um rio brasileiro que banha os estados do Ceará e Piauí.[4] Com extensão total de 538 km da nascente à foz,[1] sua bacia abrange uma área total de 52.370 km², dos quais 38.797 km² estão no Piauí e 13.573 no Ceará, e banhando através de seu curso vinte e quatro municípios de ambos os estados.[1]
Índice
1 Etimologia
2 História
3 Sub-bacia
4 Notas
5 Referências
Etimologia |
A denominação do rio provém do povo indígena poti, que vivia na atual área de Teresina na época da ocupação do território pelos bandeirantes luso-brasileiros.[5][6]
História |
O Rio Poti já pertenceu totalmente ao Estado do Piauí, até o ano de 1880. O Decreto Régio 3.012 de 22 de outubro do mesmo ano, assinado por Dom Pedro II, entregou ao Ceará as nascentes do Rio Poti até o ponto do Boqueirão, na Serra da Ibiapaba. Na região existiam as cidades de Independência e Príncipe Imperial, hoje Crateús.
Após ceder o território da atual cidade de Crateús ao Ceará, o Piauí pôde recuperar grande parte do seu litoral, que havia sido ocupado pelo Ceará no ano de 1823. Na ocasião, a expedição de Andrade Pessoa instalou tropas no litoral piauiense e administrou a região sob orientação do governo cearense. No ano de 1865, o governo do Ceará criou a freguesia de Nossa Senhora da Amarração, atual Luís Correia, no território piauiense.
A invasão cearense deu origem à questão fronteiriça de Amarração, que desenrolou no decreto acima citado. No entanto, essa questão foi mal resolvida, dando origem a outras questões litigiosas entre o Piauí e o Ceará que perduram até os dias atuais.[7][8]
Sub-bacia |
O Poti nasce na Serra dos Cariris Novos, município de Quiterianópolis, e segue no sentido sul–norte passando por Novo Oriente até a cidade de Crateús, onde flui no sentido sudeste–noroeste, passando pela cidade de Teresina, Piauí, onde atravessa a Floresta Fóssil de Teresina e deságua no rio Parnaíba. Em seu leito foram construídas duas barragens: o Açude Flor do Campo, no município de Novo Oriente, bem como a barragem de aproximadamente 800 metros, com paredes de concreto, que abastece Crateús e região.
No seu curso, entre os municípios piauienses de Castelo do Piauí e Juazeiro do Piauí, encontra-se o Cânion do rio Poti, local onde são praticados alguns esportes aquáticos e que poderá vir a ser submerso pela barragem de Castelo, cuja verba já foi liberada.[9][carece de fontes]
Notas
↑ Dos quais, 192,5 km percorrem o Ceará.[2]
Referências
↑ abc Lisânea M.O. Damasceno ; et al. «Qualidade da Água do rio Poty para consumo humano». Revista Verde de agroecologia e desenvolvimento sustentável (GVAA). Consultado em 5 de outubro de 2015
↑ ab Renata Mendes Luna ; et al. (2014). «Diagnóstico hidroambiental do rio Poti no estado do Ceará» (PDF). Universidade Federal do Ceará. Consultado em 5 de outubro de 2015
↑ Anderson S.A. Jr ; et al. (2005). «Qualidade da Água do Rio Poty Para Irrigação em Teresina, PI» (PDF). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Consultado em 5 de outubro de 2015
↑ ab Adm. do governo (2010). «Bacia do rio Poti» (PDF). Governo do Piauí. Consultado em 5 de outubro de 2015
↑ Câmara dos Deputados do Brasil (1972). Anais da Câmara dos Deputados, Volume 8. [S.l.]: Congresso Nacional
↑ Carlos Eugênio Porto (1974). Roteiro do Piauí. [S.l.]: Editora Artenova. 192 páginas
↑ João Gabriel Baptista (1986). Mapas Geohistóricos. [S.l.]: Projeto Petrônio Portella. 180 páginas
↑ Lima;Lima, Eric; Iracilde (11 de junho de 2016). «EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES FRONTEIRIÇAS NO LESTE DO PIAUÍ» (PDF). Paisagens. Consultado em 17 de novembro de 2017
↑ Sousa, Graciane (16 de novembro de 2016). «Obras da barragem de Castelo do Piauí devem começar em 2017». CidadeVerde. Consultado em 7 de janeiro de 2017