Circuito digital






Relógio binário em placas de ensaio


Os circuitos digitais (ou circuitos lógicos) são definidos como circuitos eletrônicos que empregam a utilização de sinais elétricos em apenas dois níveis de corrente (ou tensão) para definir a representação de valores binários.[1]


Circuitos Lógicos baseiam seu funcionamento na lógica binária, que consiste no fato de que toda informação deve ser expressa na forma de dois dígitos (tanto armazenada, como processada), sendo tais dígitos, 0 (zero) ou 1 (um). A partir daí surge intuitivamente à nomeação “digital” (dois dígitos).


Este fato auxilia para a representação de estados de dispositivos que funcionam em dois níveis distintos, sendo estes: ligado/desligado (on/off), alto/baixo (high/low), verdadeiro/falso (true/false) entre outros.


Os computadores, telefone celular, leitores de DVD ou blu-ray, são alguns exemplos de aparelhos que baseiam a totalidade, ou parte, do seu funcionamento em circuitos digitais.




Índice






  • 1 Construção de Circuitos Digitais


  • 2 Circuitos Digitais Vs Circuitos Analógicos


  • 3 Origem do nome


  • 4 Circuitos combinatórios


  • 5 Circuitos Integrados em Sistemas Digitais (CIs)


  • 6 Transferência de Informações com Circuitos Integrados Digitais


  • 7 Performance de circuitos digitais


  • 8 Referências


  • 9 Ver também





Construção de Circuitos Digitais |


Circuitos são constituídos pela associação de blocos lógicos.


Os blocos lógicos são divididos em 7 classes:



  • E (AND)

  • OU (OR)

  • NÃO (NOT)

  • NE (NAND)

  • NOU (NOR)

  • OU EXCLUSIVO (XOR)

  • NÃO-OU EXCLUSIVO (XNOR)


A partir destes blocos lógicos é possível construir praticamente todas as outras associações necessárias.[2]


Exemplos:




  1. Contadores Binários (Flip-Flops).


  2. Unidades lógico-aritméticas (ULA, ou, em inglês ALU).

  3. Etc.



Circuitos Digitais Vs Circuitos Analógicos |


Circuitos Digitais apresentam diversas vantagens sobre circuitos analógicos, tais como:



  1. Facilidade de projetar e armazenar informações;

  2. Extensa programabilidade;

  3. Maior exatidão e integração;

  4. São menos afetados por ruídos originários de flutuações de tensão de alimentação (causado pelo fato de que circuitos digitais não dependem do valor exato da tensão elétrica recebida, e sim da diferença entre os níveis alto e baixo).


Todavia, os circuitos digitais apresentam também desvantagens, sendo elas:
O mundo é de natureza analógica, ou seja, valores contínuos com extensa variação de frequência, com isso, todo circuito digital que lida com variáveis físicas de natureza analógica necessita converter tal informação para o meio digital, para então processar, e posteriormente fazer o fluxo inverso, converte da natureza digital para a analógica, sendo este processo, em alguns casos, não benéfico.



Origem do nome |


A palavra digital deriva de dígito, que por sua vez procede do latim digitus, significando dedo.


Desde que a humanidade desenvolveu o processo de contagem, os dedos foram os instrumentos mais simples e eficientes para contar pequenos valores. O sistema de numeração indo-arábico, o mais usado atualmente, é um sistema de base dez, pois são dez os dedos das duas mãos dos seres humanos. Muitos outros sistemas de numeração usam a base decimal, pois serviam para simbolizar a contagem com os dedos.


Normalmente com os dedos só é possível contar valores inteiros. Por causa dessa característica, a palavra digital também é usada para se referir a qualquer objeto que trabalha com valores discretos. Ou seja, entre dois valores considerados aceitáveis existe uma quantidade finita de valores aceitáveis.


Digital não é sinônimo de eletrônico: por exemplo, o computador eletrônico pode ser chamado de digital porque trabalha com o sistema binário, que é simbolizado por uma sequência finita de zeros e uns, qualquer que seja o tipo de dados.


Hoje em dia, porém, não se consegue desvincular a palavra "digital" do sistema informático e de tecnologias ligadas à computação, como, por exemplo, "transmissão digital".


A introdução da tecnologia digital na radiodifusão é vista, potencialmente, por especialistas como uma verdadeira revolução, que irá criar um novo meio de comunicação. "A TV digital pode quebrar todos paradigmas existentes na comunicação", diz Gustavo Gindre, coordenador geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs) e integrante do Coletivo Intervozes.



Circuitos combinatórios |


Um circuito digital é dito combinatório ou combina se a saída depende única e exclusivamente das combinações da variáveis de entrada recebidas em um dado momento, ou seja, o circuito combinacional não é capaz de armazenar valores em "memória", para uso posterior. Seu fluxograma é composto de situação, tabela da verdade expressão lógica e circuito.


O funcionamento de todas as portas lógicas básicas e a lógica booleana que descrevem e analisam os circuitos feitos a partir da combinação de portas lógicas podem ser classificados como circuitos lógicos combinacionais porque, em qualquer instante de tempo, o nível lógico da saída do circuito depende da combinação dos níveis lógicos presente nas entradas. Um circuito combinacional não possui a característica de memória, portanto sua saída depende apenas dos valores atuais das entradas.[3]


O circuito combinacional realiza um conjunto de equações booleanas realizando uma determinada operação de processamento da informação, ou seja, a combinação de valores de entrada é vista como uma informação distinta das outras e o conjunto de valores de saídas das operações representa o resultado da operação. Em cada circuito pode ser usado a simplificação de circuitos lógicos pelo método de mapeamento ou teoremas da álgebra booleana.[4]



Circuitos Integrados em Sistemas Digitais (CIs) |


Os circuitos Integrados permitiram uma implementação de sistemas digitais mais simples e segura, ou seja, permitiu que sistemas digitais complexos fossem criados de maneira mais limpa e coesa, em relação a sistemas implementados com componentes discretos.[5]


Existem diversas tecnologias usadas atualmente para a produção de circuitos integrados, dentre elas, as mais comuns são:




  • Lógica Transistor-Transistor.


  • CMOS (Complementary Metal-óxido-semicondutor).


  • NMOS (N-type Metal-oxide-semiconductor Logic).


  • ECL (Emitter-Coupled Logic)[6]



Transferência de Informações com Circuitos Integrados Digitais |


De maneira geral, existem duas formas de transferência de dados em CIs, sendo elas:



  • Paralelo

  • Serial


As CIs Paralelas funcionam de maneira que os bits são transferidos simultaneamente, ou seja, várias filas de dados sofrem transição todas ao mesmo tempo (mecanismo de múltiplas filas.).


E as CIs Seriais funcionam com o mecanismo de única fila, ou seja, os bits são transferidos um de cada vez no mesmo fluxo de dados.
[6]



Performance de circuitos digitais |


Circuitos digitais possuem atrasos na propagação de seus sinais. Estes atrasos podem ocorrer devido ao tempo que cada porta lógica leva para gerar um sinal de saída, dada uma mudança no sinal de entrada, e devido a propagação dos sinais através dos fios do circuito.[7]:p.57


A velocidade de um circuito digital é sempre limitada de acordo com o maior atraso do circuito. Tal atraso é causado pelas portas lógicas e é chamado de atraso de caminho crítico. O caminho com maior tempo de atraso entre dois pontos do circuito é chamado de caminho crítico.[7]:p.271



Referências




  1. Chiesse da Silva, Luiz Marcelo (Maio de 2012). «Circuitos Digitais» (PDF). Cefet PR - Cornélio Procópio. Consultado em 14 de Maio de 2012 


  2. P. Uyemura, John (Maio de 2012). «Sistemas digitais: uma abordagem integrada» (PDF). Laboratório de Engenharia Web - LEW. Consultado em 21 de Maio de 2012 


  3. «Logica Mista. Circuitos Combinacionais». UFSC 


  4. «Circuitos Combinacionais» (PDF). UFPEL 


  5. Preza de Araújo, Lucínio (Maio de 2012). «Circuitos Integrados». Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 17 de maio de 2012 


  6. ab Calderaro, Marcelo (Maio de 2012). «Circuitos e Sistemas Digitais» (PDF). Instituto Federal do Espírito Santo. Consultado em 15 de maio de 2012 


  7. ab Stephen Brown; Zvonko Vranesic (2005). Fundamentals of Digital Logic with VHDL Design (em inglês) 2 ed. Dept. of Electrical and Computer Engineering - University of Toronto: McGraw-Hill. ISBN 0-07-246085-7  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)



Ver também |




Wikilivros


O Wikilivros tem mais informações sobre Circuito digital



  • Cinematografia digital

  • Circuito sequencial

  • Sinal Digital

  • Processamento digital de sinais

  • Porta lógica

  • Circuitos combinatórios

  • Contador assíncrono

  • Simplificação de circuitos lógicos

























  • Portal da eletrônica



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