Raqqa












































Raqqa
الرقة

Vista de Raqqa






Raqqa está localizado em: Síria


Raqqa



Localização de Raqqa ( Síria (de jure)
Flag of Rojava.svg Rojava (de facto) )


Coordenadas 35° 57' N 39° 1' E

País

 Síria (de jure)
Flag of Rojava.svg Rojava (de facto)

Província

Raqqa
Área  
  Total
1962 km²

Altitude
245 m
População  
  Cidade (2018)
61 000[1]
  Metro
338773

Website: www.esyria.sy/eraqqa

Raca,[2]Raqqa ou Rakka (em árabe: الرقة, "ar-raqqa") é uma cidade do centro-norte da Síria, situada na parte ocidental da região historicamente chamada Al-Jazira, ou Mesopotâmia Superior, que hoje se reparte entre as repúblicas da Síria e do Iraque. Tinha cerca de 220 488 habitantes na zona urbana e 338 773 habitantes na área metropolitana em 2004.[3] É capital da província homônima e está na margem norte do rio Eufrates.


Al-Raqqah foi palco de grandes batalhas durante a Guerra Civil Síria. A cidade foi primeiramente capturada, em março de 2013, por militantes da oposição síria. Eventualmente, o grupo extremista auto-proclamado Estado Islâmico do Iraque e da Síria tomou a cidade e expulsou tanto os simpatizantes da oposição quanto do regime Assad da região. O Estado Islâmico proclamou a criação de um califado sob a lei da sharia e fez de Raqqa sua nova capital na Síria em 2014. Subsequentemente, forças aéreas do governo sírio, da Rússia, dos Estados Unidos e aliados, iniciaram uma grande campanha de bombardeios por toda a região.[4] A 17 de outubro de 2017, após cinco meses de intensos combates, lideranças militares curdas anunciaram que a cidade de Raqqa havia sido libertada e os militantes do Estado Islâmico teriam sido expulsos da região.[5]




Índice






  • 1 História


  • 2 Guerra Civil Síria


  • 3 Imagens


  • 4 Referências





História |


Foi fundada pelo imperador selêucida Seleuco II Calínico (r. 246–226 a.C.), a quem deve o nome de Calínico (em grego: Kallinikos; em latim: Callinicum) que teve até à conquista islâmica (exceto por um breve período no qual se chamou Leontópolis, pelo imperador Leão I, o Trácio (r. 457–474). Em 542, foi destruída pelo xá sassânida Cosroes I e reconstruída pelo bizantino Justiniano I (r. 527–565).


Nas suas proximidades teve lugar em 657 a importante batalha de Siffin, que marcou o início da divisão do islamismo em várias seitas.


A cidade de Raqqa declinou no final do século IX por causa da guerra contínua entre os abássidas e os tulúnidas, e depois com o movimento xiita dos carmatas. Durante o período dos hamdanidas na década de 940, o declínio foi maior. No final do século X e até ao início do século XII, Raqqa foi controlada por dinastias beduínas.


Raqqa teve um segundo ressurgimento, baseado na agricultura e na produção industrial, durante o período dos zengidas e aiúbidas no século XII e primeira metade do século XIII.



Guerra Civil Síria |


Durante a Guerra Civil Síria, Raqqa foi a primeira grande cidade síria e a primeira capital de província a cair sob controlo dos rebeldes, após dias de intensos combates.[6] Em resposta à queda da cidade, a força aérea síria bombardeou o centro da cidade causando a morte de 39 pessoas.[7] Forças do governo sírio que foram enviadas para retomar a cidade acabaram sendo detidas e expulsas das proximidades.[8] Em agosto de 2013, militantes islamitas e membros de grupos fundamentalistas assumiram o controle do município e de áreas vizinhas, expulsando outros grupos rebeldes rivais da região.[9]




Um bairro em ruínas de Raqqa, em 2017, após anos de batalhas.


O auto-proclamado grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ou EIIL) têm, segundo várias fontes, impondo à população da província uma interpretação extremamente rígida do Alcorão e da sharia, onde por exemplo fumar ou ouvir música na rádio pode levar a penas de chicotadas em público ou até à morte. Foram publicadas várias leis rigorosas que exigem o encerramento de barbearias e cabeleireiros e até se proibe que as mulheres se sentem.[10][11][12] Segundo relatos de habitantes locais sob anonimato, o clima de medo paira na cidade, onde nem muçulmanos e cristãos estariam a salvo e, segundo estes, os cristãos estariam sendo obrigados em pagar um imposto especial, para não serem expulsos ou molestados.[13] O EIIL era tão radical na interpretação do Alcorão que foi mesmo expulso pela também radical Al Qaeda.[14]


Em 2014, o EIIL proclamou Raqqa como sua capital na Síria e a tornou uma de suas principais bases de poder no Oriente Médio. Forças aéreas dos Estados Unidos, de nações da Europa, da Rússia e do governo sírio tem submetido a cidade a frequentes bombardeios.[15][4]


Em Junho de 2017, as Forças Democráticas Sírias começaram um esforço para retomar a cidade, criando uma batalha para tentar libertar a cidade das mãos do Estado Islâmico.[16]


A 17 de Outubro de 2017, milícias curdas e árabes (encabeçadas pelas Forças Democráticas Sírias), com o apoio dos Estados Unidos, anunciaram que haviam reconquistado a cidade de Raqqa, pondo fim a mais de três anos de ocupação.[17] Ainda assim, segundo observadores, combates esporádicos ainda eram ouvidos pela região.[5]



Imagens |






Referências




  1. https://www.reuters.com/article/us-mideast-crisis-syria-raqqa/refugees-in-syrias-raqqa-face-extreme-is-landmine-threat-u-n-idUSKBN1FQ2H4


  2. «Arte do Oriente Islâmico - Vaso com tampa». Museu Calouste Gulbenkian. Consultado em 31 de março de 2015 


  3. http://www.cbssyr.org/new%20web%20site/General_census/census_2004/NH/TAB11-1-2004.htm


  4. ab "What Life Is Like Inside ISIS’ Capital City of Raqqa, Syria". Página acessada em 30 de abril de 2017.


  5. ab «ISIS defeated in Raqqa as 'major military operations' declared over». CNN. Consultado em 17 de outubro de 2017 


  6. «Syria rebels capture northern Raqqa city – Middle East». Al Jazeera English. Consultado em 10 de março de 2013 


  7. «39 killed in air raids in Syria city of Raqqa as attacks intensify». Independent.ie. 10 de março de 2013 


  8. «U.N. agency: Syrian refugee figure hits 1 million». USA Today. Consultado em 6 de março de 2013 


  9. «Syrian activists flee abuse in al-Qaeda-run Raqqa». BBC. Consultado em 16 de novembro de 2013 


  10. «Al-Qaeda-linked jihadists impose Islamic rules, ban music, shisha in Syrian province». 22 de janeiro de 2014. Consultado em 13 de junho de 2014 


  11. «Daash in Syria recently issues a list of laws punishable by flogging or death». Liveleak. Consultado em 13 de junho de 2014 


  12. «ISIS or ISIL». Mycoper. 13 de junho de 2014. Consultado em 13 de junho de 2014 


  13. Ammar Cheikh Omar e Henry Austin (15 de março de 2014). «United by Fear: Life Under Militants More Radical Than Al Qaeda». NBCnews. Consultado em 13 de junho de 2014 


  14. Brian Michael Jenkins (25 de fevereiro de 2014). «Al Qaeda has expelled its affiliate in Syria and Iraq—Now what?». Cyprus Mail. Consultado em 13 de junho de 2014 


  15. "Inside Raqqa, the Capital of ISIS". Página acessada em 30 de abril de 2017.


  16. Group, Global Media (6 de novembro de 2016). «Síria - Começou a batalha pela libertação de Raqqa das mãos do Estado Islâmico». DN 


  17. Reuters. «Médio Oriente. Daesh derrotado em Raqqa, a cidade que foi a sua capital». PÚBLICO. Consultado em 17 de Outubro de 2017 





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