Decapitação
Decapitação é a remoção da cabeça acidental ou intencionalmente de um ser vivo.
Índice
1 Método de execução
2 Pena de morte
3 Decapitações célebres
4 Decapitações na Arábia
5 Decapitações no Brasil
6 Caso Mike
7 Referências
Método de execução |
A decapitação é muitas vezes intencional, com o intuito de assassinar ou executar uma pessoa - através do uso de uma faca, espada, machado, guilhotina ou foice, sendo essa ferramenta a mais própria para essa prática, além de um executor e/ou carrasco exímio na prática. Decapitação também pode acontecer por acidente, através de uma explosão, acidente automobilístico ou industrial ou outro acidente violento.
A separação da cabeça do resto do corpo resulta invariavelmente em morte nos humanos: a rápida perda de sangue tanto da cabeça quanto do corpo causam uma queda drástica da pressão sanguínea, seguida de perda de consciência e morte cerebral em segundos.
Pena de morte |
A decapitação foi largamente utilizada na Europa como pena de morte, mas nem sempre com caráter político, mas muitas vezes por causas religiosas. Em algumas culturas, como a Roma e a Grécia antigas, a decapitação era considerada a forma mais honrosa de morte[1]. Costumeiramente, a pena de morte por decapitação era reservada geralmente para reis, nobres e líderes de rebeliões. Na atualidade ainda é utilizado na Arábia Saudita com o uso de espadas[2]. Na Índia bruxas são decapitadas por trazer má sorte e doenças.[3]
Decapitações célebres |
Orebe (1245 a.C)
Zeebe (1245 a.C.)
Marco Túlio Cícero (43 a.C)
João Batista (27 d.C.)
Santiago Maior (44 d.C.)
Paulo de Tarso (67 d.C.)- Cosme e Damião
Cosroes II (628)
Conradino da Germânia (1268)
Thomas Müntzer (1525)
Tomás Moro (1535)
Ana Bolena (1536)
Jorge Bolena (1536)
Catarina Howard (1542)
Maria da Escócia (1587)
Carlos I de Inglaterra (1649)
Luís XVI de França (1793)
Maria Antonieta (1793)
Antoine Lavoisier (1794)
André Chénier (1794)
Sante Caserio (1894)
Daniel Pearl (2002)
Nick Berg (2004)
Barzan Ibrahim al-Tikriti (2007)
James Foley (2014)
Decapitações na Arábia |
É comum associar decapitações nos tempos contemporâneos aos países árabes. São existentes muitos vídeos na internet em que estão presentes extremistas islâmicos e rebeldes, isso pode se dar ao fato da tradição árabe de execução por este modo, pois como maior parte da Arábia é deserta e a forma de locomoção mais usada era e ainda é por animais, o melhor modo de comprovar a morte de alguém é mostrando sua cabeça. Porém, ainda hoje, esta tradição é costumeira em países como Síria, Tunísia, Paquistão, Líbia e Arábia Saudita onde é permitida a execução de condenados, com o uso de espadas. Os principais motivos destes atos são a intolerância religiosa, xenofobia ocidental, questões políticas como a Guerra Civil Síria e o Terrorismo.
Decapitações no Brasil |
Não são raros os casos de decapitações no Brasil, ocorrem em rebeliões prisionais, execuções perpetradas pelo crime organizado[4], revoltas populares e linchamento. O caso mais antigo de decapitação nas Américas é datado de cerca de 9000 anos atrás[5]. O crânio foi encontrado por arqueólogos no sítio arqueológico Lapa do Santo, no centro-leste do Brasil, e é 6000 anos mais velho que a mais antiga decapitação confirmada na América do Sul[6].
Caso Mike |
Ver artigo principal: Mike, o frango sem cabeça
Entre 1945 e 1947 foi observado um frango decapitado que sobreviveu por dois anos sem cabeça.
Referências
↑ An Introduction to Comparative Legal Models of Criminal Justice por Cliff Roberson, Dilip K. Das (2008)
↑ A decapitação ainda é praticada? Terra
↑ Why witches are still being beheaded in India por Nimisha Jaiswal no "GlobalPost" (2015)
↑ «Homem é esquartejado e decapitado no bairro Passo das Pedras, zona norte de Porto Alegre». ZH 2014
↑ Oldest decapitation in New World dates back 9000 years por Michael Balter (2015) "American Association for the Advancement of Science"
↑ The Oldest Case of Decapitation in the New World (Lapa do Santo, East-Central Brazil) por André Strauss DOI: 10.1371/journal.pone.0137456 (23 de setembro de 2015)