Toponímia
Toponímia (do gregos τόπος, "lugar", e ὄνομα, "nome", significando, portanto, "nome de lugar") é a divisão da onomástica que estuda os nomes geográficos ou topônimos, ou seja, nomes próprios de lugares, da sua origem e evolução; é considerada uma parte da linguística, com fortes ligações com a história, arqueologia e a geografia.[1][2]
Além dos nomes de localidades (cidades, vilas, municípios, províncias, países etc.), a toponímia estuda, entre outros:
- os hidrônimos — nomes de rios e outros cursos de água
- os limnônimos — nomes de lagos
- os talassônimos — nomes de mares e oceanos
- os orônimos — nomes dos montes e outros relevos
- os corônimos — nomes de subdivisões administrativas e de estradas.
Quando um topônimo está associado a um local determinado, pode se utilizar o termo geonímia, uma divisão da geografia que estuda os topônimos associados a uma determinada coordenada geográfica. Por exemplo, temos dois geônimos, os dos municípios de São Sebastião do Rio de Janeiro e de São Sebastião do Rio Verde, que usam o mesmo topônimo, no caso um hierônimos.
Índice
1 Classificação
2 Ver também
3 Referências
4 Bibliografia
5 Ligações externas
Classificação |
Existem várias formas de classificar os topônimos, para isso pode-se utilizar um sistema de taxonomia.
- pelo idioma de origem: latim (Porto); tupi-guarani (Guarujá); árabe (Alcácer do Sal).
- pela estrutura de formação: Rio Guadiana: rio + wadi ("rio" em árabe) + Ana (nome original do rio) = "rio rio Ana".
- por batismo oficial: São Paulo em 25 de janeiro de 1554 pelos padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta.
- pela composição lexical: simples, complexos e compostos
- Formas dos topônimos
É possível classificar os nomes de lugar quanto à sua composição lexical de três formas:
- Topônimos simples - não necessitam complementos para sua compreensão: Lisboa, Paris, Curitiba ou Tóquio.
- Topônimos complexos - são compostos de dois ou mais elementos: Pará de Minas, Freixo de Cima, Albergaria-a-Velha, Porto Alegre, Serra Nevada
- Topônimos compostos - são formados a partir de dois elementos originalmente independentes fundidos (ou justapostos) numa só unidade de conteúdo: Portalegre, Villahermosa, Budapeste, Alcobaça.
Os topónimos também podem ser classificados em macro e micro-topónimos.[3]
Ver também |
- Topónimos celtas em Portugal
- Topónimos romanos em Portugal
- Topónimos árabes em Portugal
- Toponímia do Brasil
- Gentílico
- Exônimo
- Geonímia
Referências
↑ Armando Levy Cardoso (1961). Toponímia brasílica. [S.l.]: Editora Biblioteca de Exército. 476 páginas
↑ Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (1990). A motivação toponímica e a realidade brasileira. [S.l.]: Edições Arquivo do Estado. 387 páginas
↑ Hildo Honório do Couto (2007). Ecolingüística: estudo das relações entre língua e meio ambiente. [S.l.]: Thesaurus Editora. pp. 250–. ISBN 978-85-7062-603-5. Consultado em 9 de julho de 2018
Bibliografia |
DAUZAT, Albert - Dictionnaire étymologique des noms de famille et prénoms de France. Paris: Larousse, 1951.- FAURE, Roberto - Diccionario de nombres geográficos y étnicos del mundo. Madrid: Espasa, 2004.
- SAMPAIO DE ANDRADE, António - Dicionário Corográfico de Portugal Contemporâneo. Porto: Livraria Figueirinhas, 1944.
Ligações externas |
- Índice de nomes de lugar
- A origens dos nomes na Grã-Bretanha
- Toponimia Galego-Portuguesa
- Cema
- Imprompto
GeoCart - Laboratório de Cartografia da UFRJ (contém linha de pesquisa sobre geonímia)