Mileto
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Mileto Μίλητος | |
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teatro de Mileto | |
Localização atual | |
Mileto Localização de Mileto na Turquia | |
Coordenadas | |
País | Turquia |
Regiões históricas | Cária e Jônia |
Província turca | Aidim |
Altitude | 5 m |
Área | 0,9 km² |
Notas | |
Site | www.muze.gov.tr |
Mileto (em grego: Μίλητος; transl.: Milétos)[1] é uma antiga cidade da Ásia Menor, no sul da Jônia, cuja região atualmente faz parte da Turquia, situada junto à foz do rio Meandro [2]
Foi uma cidade bastante ativa comercialmente, mantendo negócios tanto com o Oriente como com o Egito, onde estabeleceu um centro comercial em Náucratis, no delta do Nilo. Também mantinha vínculos com a cidade de Síbaris, no sul da península Itálica. Uma atividade econômica importante desenvolvida na cidade era a criação de ovelhas e Mileto produzia a melhor lã do mundo grego. Seu território, no entanto, não era muito extenso e limitava o acesso da emergente classe mercantil às terras. Esta limitação territorial, aliada à forte vocação comercial de seus habitantes, contribuiu para a fundação de colônias milésias na Trácia. Seus colonos e marinheiros se concentravam na região do mar Negro, onde buscavam cereais e atum [carece de fontes].
Índice
1 Mitologia
2 História
3 Sítio Arqueológico
4 Referências
5 Ligações externas
Mitologia |
De acordo com os milésios do século II d.C., a região era chamada de Anactória, durante os reinados de Anax, um autóctone, e seu filho Astério.[3] O nome Mileto veio de um cretense chamado Mileto, que fugiu de Minos e veio para a região;[3][4] os cretenses se uniram aos cários que habitavam a região.[3] Mileto fundou a cidade de Mileto.[4]
A colônia jônia foi fundada cerca de 1 070 a.C.[5] por Nileu, filho de Codro, arconte de Atenas.[6] Nileu não queria ser governado por seu irmão Medão, porque este era coxo; eles consultaram o Oráculo de Delfos, que deu Atenas a Medão.[6] Então Nileu partiu com seus outros irmãos, vários atenienses e os jônios,[6] que haviam chegado a Atenas alguns anos antes[7] e tomaram Mileto. Os jônios derrotaram os milésios antigos, matando todos os homens que não conseguiram escapar e casaram-se com as mulheres.[8]
História |
A política da cidade foi historicamente turbulenta, onde dissidências, conflitos e revoluções eram comuns. O governo milésio era baseado em um conselho chamado Aeinautai (marinheiros perpétuos) que visava extrair todo o lucro possível dos empreendimentos marítimos e coloniais.[carece de fontes]
Embora a cidade fosse economicamente forte, as agitações políticas sempre a fragilizavam. Uma dessas agitações levou ao poder o tirano Trasíbulo, por volta de 600 a.C. O tirano teve sucesso ao impedir os ataques da Lídia mas, internamente, as lutas entre as facções políticas enfraqueciam Mileto e a conquista dos lídios acabou por consumar-se. Mesmo assim, ainda conseguiu alguns privilégios.[carece de fontes]
Era esta a situação quando Ciro II, o Grande, rei da Pérsia, dominou a Lídia. Os milésios passaram a enfrentar toda sorte de dificuldades e iniciaram a revolução jônica contra a Pérsia, cujo rei era agora Dario I. A luta estendeu-se de 499-494 a.C. e os persas acabaram por destruir Mileto.[carece de fontes]
Tanto a filosofia como a primeira escola filosófica, de acordo com a tradição, surgiram em Mileto. Os representantes da escola milésia foram Tales, Anaximandro e Anaxímenes.[carece de fontes]
Sítio Arqueológico |
A cidade atualmente é um rico sítio arqueológico[9]. As primeiras escavações em Mileto foram conduzidas pelo arqueólogo francês Olivier Rayet em 1873, seguidas pelos arqueólogos alemães Julius Hülsen e Theodor Wiegand entre 1899 e 1931[10][11][12]. As escavações, no entanto, foram interrompidas por várias vezes devido à guerras e vários outros eventos. Carl Weickart escavou por uma curta temporada em 1938 e novamente entre 1955 e 1957[13][14][15]. Em seguida foram feitas escavações por Gerhard Kleiner e depois por Wolfgang Muller-Wiener. Hoje, as escavações são organizadas pela Universidade de Ruhr, em Bochum, na Alemanha.
Um notável artefato recuperado da cidade durante as primeiras escavações do século XIX, o Portão do Mercado de Mileto, foi transportado em diversas partes para a Alemanha e remontado. Atualmente está exposto no Museu de Pérgamo em Berlim. A principal coleção de artefatos se encontra no Museu de Mileto em Didimo, Turquia desde 1973.
Referências
↑ «Strong's Greek Concordance». Bible Hub
↑ Cfr. pág 230, Vol. 17 de Grande enciclopédia portuguesa e brasileira. Ed. Enciclopédia
↑ abc Pausânias, Descrição da Grécia, 7.2.5
↑ ab Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.1.2
↑ Data do início do reinado de Medão, cálculos de Jerónimo de Estridão, no livro Crônica (Jerônimo)
↑ abc Pausânias, Descrição da Grécia, 7.2.1
↑ Pausânias, Descrição da Grécia, 7.1.9
↑ Pausânias, Descrição da Grécia, 7.2.6
↑ «Imagem de satélite e planta de Mileto.». Bible Atlas from Space, sponsored by www.DeeperStudy.com
↑ Olivier Rayet and Thomas, Milet Et Le Golfe Latmique, Fouilles Et Explorations Archeologiques Publ, 1877 (reprint Nabu Press 2010 ISBN 1-141-62992-5
↑ Theodor Wiegand and Julius Hülsen [Das Nymphaeum von Milet, Museen zu Berlin 1919] and Kurt Krausem, Die Milesische Landschaft, Milet II, vol. 2, Schoetz, 1929
↑ Theodor Wiegand et al., Der Latmos, Milet III, vol. 1, G. Reimer, 1913
↑ Carl Weickert, Grabungen in Milet 1938, Bericht über den VI internationalen Kongress für Archäologie, pp. 325-332, 1940
↑ Carl Weickert, Die Ausgrabung beim Athena-Tempel in Milet 1955, Istanbuler Mitteilungen, Deutsche Archaeologische Institut, vol. 7, pp.102-132, 1957
↑ Carl Weickert, Neue Ausgrabungen in Milet,
Neue deutsche Ausgrabungen im Mittelmeergebiet und im Vorderen Orient, pp. 181-96, 1959
Ligações externas |
Imagens das ruínas de Mileto www.holylandphotos.org