Monóxido de carbono
Monóxido de carbono Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | Monóxido de carbono Óxido de carbono II |
Outros nomes | Óxido de carbono |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
Número EINECS | |
ChemSpider | |
ChEBI | |
Número RTECS | FG3500000 |
Propriedades | |
Fórmula química | CO |
Massa molar | 28 g mol-1 |
Aparência | Gás incolor, e inodoro[1] |
Densidade | 1,25 kg·m−3 (0 °C)[2] |
Ponto de fusão | −205,07 °C[2][1] |
Ponto de ebulição | −191,55 °C[2][1] |
Solubilidade em água | 30 mg·l−1 (20 °C)[2] |
Solubilidade | Solúvel em clorofórmio, ácido acético, acetato etílico, etanol, hidróxido de amônio [carece de fontes] |
Momento dipolar | 0.112 D [carece de fontes] |
Riscos associados | |
MSDS | ICSC 0023 |
Classificação UE | Altamente inflamável (F+) Repr. Cat. 1 Tóxico (T) |
Índice UE | 006-001-00-2 |
NFPA 704 | 2 4 0 |
Frases R | R61, R12, R23, R48/23 |
Frases S | S53, S45 |
Ponto de fulgor | -191 °C |
Temperatura de auto-ignição | 605 °C[1] |
LD50 | 40.000 ppm·2 min[2] 16.000 ppm·5 min[2] 8.000 ppm·10 min[2] 3.000 ppm·30 min[2] 1.500 ppm·60 min[2] |
Compostos relacionados | |
Outros aniões/ânions | Monossulfeto de carbono |
Outros catiões/cátions | Monóxido de silício Óxido nítrico |
Óxido de carbono relacionados | Dióxido de carbono Subóxido de carbono |
Compostos relacionados | Ácido fórmico Níquel tetracarbonilo |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
O Monóxido de Carbono (CO) é um gás levemente inflamável[3], inodoro e muito perigoso devido à sua grande toxicidade. É produzido pela queima em condições de pouco oxigênio (combustão incompleta) e/ou alta temperatura de carvão ou outros materiais ricos em carbono, como derivados de petróleo, por exemplo, pelos motores dos veículos[4][5][6]. Grande quantidade de subproduto de CO é formada durante os processos oxidativos para a síntese de produtos químicos. Por essa razão, os gases de processo precisam ser purificados. Por outro lado, esforços consideráveis de pesquisa são feitos para otimizar as condições do processo[7], desenvolver catalisadores com melhor seletividade[8] e entender os caminhos de reação que levam ao produto alvo e aos produtos secundários[9][10].
Índice
1 Usos
2 Toxicidade
3 Toxicinética
4 Fontes de exposição
5 Notas e referências
6 Ver também
Usos |
O monóxido de carbono é um agente redutor, retirando oxigênio de muitos compostos em processos industriais (formando CO2), como na produção de ferro e outros metais a partir de seus minérios e hidrogênio a partir da água. Também se combina com o níquel metálico produzindo um composto volátil que é usado na purificação deste metal (processo Mond). Também é usado na síntese de vários compostos orgânicos, como ácido acético (processo Monsanto), plásticos, metanol, hidrocarbonetos[11], carbonato de dimetilo[12] e formatos.
Foi utilizado[13] na Segunda Guerra Mundial pelos nazistas a eliminação sistemática de judeus e outros seres humanos considerados não arianos. Seis instalações foram criadas com esse objetivo: Bernburg, Brandenburg, Grafeneck, Hadamar, Hartheim e Sonnenstein. Estes campos de extermínio utilizavam o monóxido de carbono em sua forma pura, produzido quimicamente.
Também já foi muito usado como combustível, sob o nome de gás de síntese, que é feito passando-se vapor de água sobre carvão superaquecido, formando uma mistura de CO, hidrogénio, nitrogénio e dióxido de carbono.
Toxicidade |
Todas as pessoas e animais estão em risco de envenenamento por monóxido de carbono. Os sintomas mais comuns deste são dores de cabeça e no peito, tonturas, confusão, fraqueza, náuseas e vómitos, que podem facilmente ser confundidos com outras enfermidades (por exemplo constipação ou intoxicação alimentar), e em casos mais graves pode ocorrer perda da consciência e morte. Pode haver também, a longo prazo, sequelas cardíacas e neuronais posteriores a uma intoxicação.[14]
O monóxido de carbono, depois de inalado e difundido para os vasos sanguíneos, combina com a hemoglobina formando carboxihemoglobina, com muito mais afinidade do que o oxigénio (200 a 240 vezes superior), diminuindo a quantidade de hemoglobina disponível para o transporte de oxigénio. Pode, desta forma, ocorrer o desenvolvimento de hipoxia tecidular, caso os mecanismos compensatórios falhem em manter o fornecimento do oxigénio.[14]
Para além do já referido, o monóxido de carbono também inibe a citocromo C oxidase mitocondrial, tem efeitos a nível inflamatório e aumenta o stresse oxidativo perivascular.[14]
Os recém-nascidos, crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças cardíacas crónicas, problemas respiratórios ou anemia são grupos de risco devido à sua maior suscetibilidade aos efeitos deste gás.[14]
A exposição a doses relativamente elevadas em pessoas saudáveis pode provocar problemas de visão, redução da capacidade de trabalho, redução da destreza manual, diminuição da capacidade de aprendizagem, dificuldade na resolução de tarefas e até mesmo levar a morte.
Concentrações abaixo de 400 ppm no ar causam dores de cabeça e acima deste valor são potencialmente mortais, tanto para plantas e animais quanto para alguns micro-organismos.
O monóxido de carbono está associado ao desenvolvimento de doença isquémica coronária, pensando-se que esse fato resulte da interferência com a oxigenação do miocárdio e do aumento da adesividade das plaquetas e dos níveis de fibrinogénio o que ocorre particularmente com os fumantes.
Toxicinética |
Absorção: O monóxido de carbono existente no ar atmosférico atinge a corrente sanguínea através das vias aéreas.
Distribuição: A inalação de ar contendo altos níveis de monóxido de carbono aumenta rapidamente a carboxihemoglobina (COHb) sanguínea pela ligação imediata e forte do monóxido de carbono à hemoglobina, o que permite a difusão de monóxido de carbono na corrente sanguínea. A inalação subsequente de ar isento de monóxido de carbono diminui progressivamente o gradiente até ao ponto de reversão, permitindo a libertação do monóxido de carbono através do ar alveolar. O gradiente de pressão arterial para o monóxido de carbono sanguíneo é geralmente muito maior do que o gradiente de oxigénio sanguíneo, pelo que a absorção de monóxido de carbono será um processo proporcionalmente mais rápido do que a sua eliminação. A taxa de libertação de monóxido de carbono é ainda afetada pelos produtos do metabolismo tecidual. Embora exista uma exposição contínua ao monóxido de carbono, apenas uma pequena quantidade de monóxido de carbono é difundido devido à existência de uma barreira significativa à difusão do monóxido de carbono no epitélio das vias sanguíneas, o que torna o processo de difusão e absorção extremamente lentos.
Metabolização: Após distribuição pelos diferentes órgãos e tecidos, o monóxido de carbono sofre vários processos de metabolização, como a ligação a proteínas heme, metabolismo oxidativo e a produção metabólica de monóxido de carbono a partir de percursores endógenos e exógenos.
Eliminação: Numa fase final, o monóxido de carbono absorvido é eliminado do organismo pelo ar exalado e pelo seu metabolismo oxidativo. [15][16][17][18]
Fontes de exposição |
O monóxido de carbono é formado quando os combustíveis (gás, derivados do petróleo, combustíveis sólidos e solventes) não são queimados completamente. É produzido ainda quer por fontes naturais quer por fontes produzidas pelo Homem. É comum encontrar em grandes concentrações em incêndios, no fumo libertado pelos automóveis e na indústria siderúrgica. Dentro de casa, as principais fontes são os fornos, os fogões a lenha e as ligações de gás mal efetuadas.[14]
Notas e referências
↑ abcd MONOXYDE DE CARBONE, fiche de sécurité du Programme International sur la Sécurité des Substances Chimiques, consultée le 9 mai 2009
↑ abcdefghi Registo de CAS RN 630-08-0 na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA, accessado em 12 de Dezembro de 2007
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Ver também |
- Circulação do sangue