Afeganistão
د افغانستان اسلامي جمهوری (pastó) (Da Afġānistān Islāmī Jomhoriyat) جمهوری اسلامی افغانستان (persa) (Jamhoriye-e Eslāmī-ye Afġānistān) República Islâmica do Afeganistão | |
Lema: لا إله إلا الله، محمد رسول الله (Lā ʾilāha ʾillā llāh, Muhammadun rasūlu llāh) Não há outro deus além de Alá; Maomé é o mensageiro de Deus. (Chahada) | |
Hino nacional: Milli Surood | |
Gentílico: afegão, afegã, afegane e afegânico | |
Localização do Afeganistão. | |
Capital | Cabul |
Cidade mais populosa | Cabul |
Língua oficial | pachto e dari[1] |
Governo | República islâmica |
- Presidente | Ashraf Ghani |
- Primeiro-ministro | Abdullah Abdullah |
- Presidente do Supremo Tribunal | Abdul Salam Azimi |
Independência | do Reino Unido |
- Declarada | 8 de agosto de 1919 |
- Reconhecida | 19 de agosto de 1919 |
Área | |
- Total | 652 090 km² (41.º) |
- Água (%) | n/d |
Fronteira | Irão (O) Turquemenistão (NO) Uzbequistão (N) Tajiquistão (N) China (NE) Paquistão (SE) |
População | |
- Estimativa para 2013 | 31 108 077[2] hab. (37.º) |
- Censo 1979 | 13 051 358 hab. |
- Densidade | 43,5 hab./km² (150.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2014 |
- Total | US$ 61,689 bilhões*[3] |
- Per capita | US$ 1 972[3] |
PIB (nominal) | Estimativa de 2014 |
- Total | US$ 21,706 bilhões*[3] |
- Per capita | US$ 693[3] |
IDH (2017) | 0,498 (168.º) – baixo[4] |
Moeda | Afegane ( AFA ) |
Fuso horário | (UTC+4:30) |
Clima | Desértico |
Org. internacionais | ONU |
Cód. ISO | AFG |
Cód. Internet | .af |
Cód. telef. | +93 |
Website governamental | www.president.gov.af |
O Afeganistão (em persa e pachto:افغانستان, Afġānistān), oficialmente República Islâmica do Afeganistão é um Estado soberano sem litoral, localizado no centro da Ásia, estando na encruzilhada entre o Sul da Ásia, a Ásia Central e a Ásia Ocidental. Povoado por cerca de 34 milhões de habitantes, tem uma área de 647 500 km², sendo o 40.º país mais populoso do mundo e o 40.º maior do mundo em área. Faz fronteira com o Paquistão ao sul e ao leste, com o Irã ao oeste, com o Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão ao norte e com China no nordeste. O território do Afeganistão foi um ponto essencial para a rota da seda e para a migração humana. Arqueólogos encontraram evidências de presença humana remontantes ao Paleolítico Médio (c. 50 000 a.C.).[5] A civilização urbana pode ter começado entre 3 000 e 2 000 a.C.[6]
O país fica em uma localização geoestratégica importante que liga o Oriente Médio com a Ásia Central e o subcontinente indiano,[7] tendo sido a casa de vários povos através dos tempos.[8] A terra tem testemunhado muitas campanhas militares desde a Antiguidade, as mais notáveis feitas por Alexandre o Grande, Chandragupta Máuria, Gêngis Cã, pela União Soviética e, mais recentemente, pelos Estados Unidos e pela OTAN.[5][6] Também foi local de origem de várias dinastias locais como os Greco-bactrianos, Cuchanas, Safáridas, Gaznévidas, Gúridas, Timúridas, Mogóis e muitos outros que criaram seus próprios impérios.[9]
A história política moderna do Afeganistão começa em 1709 com a ascensão dos Pachtuns (ou Pastós), quando a dinastia Hotaki foi criada em Candaar seguida por Ahmad Shah Durrani subindo ao poder em 1747.[10][11][12] A capital do Afeganistão foi transferida em 1776 de Candaar para Cabul e parte do Império Afegão foi cedida aos impérios vizinhos em 1893. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado tampão no grande jogo entre os impérios britânico e russo.[13] Essa circunstância histórica, combinada com o terreno montanhoso do país, impediu o domínio de potências imperialistas sobre o país, mas também resultou em pouco desenvolvimento econômico.[14] Depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã e a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919, o país recuperou o controle de sua política externa com os britânicos.[carece de fontes]
Após a revolução marxista de 1978 e a invasão soviética em 1979, teve início uma guerra entre as forças governamentais apoiadas por tropas soviéticas e os rebeldes mujahidin, apoiados pelos Estados Unidos, Paquistão, Arábia Saudita e outros países muçulmanos[15]. Nesse conflito, mais de um milhão de afegãos perderam a vida, muitos deles vítimas de minas terrestres[16][17]. Após a vitória dos rebeldes, em 1992, teve início uma guerra civil, entre diversos grupos rebeldes, que foi vencida pelos talibãs. Depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, teve início um novo conflito, decorrente da intervenção de forças norte-americanas no país.[18] Em dezembro de 2001 o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a criação da Força Internacional de Assistência para Segurança para ajudar a manter a segurança no Afeganistão e ajudar a administração do presidente Hamid Karzai.[19]
As décadas de guerra fizeram do Afeganistão o país mais perigoso do mundo,[20] incluindo o título de maior produtor de refugiados e requerentes de asilo. Enquanto a comunidade internacional está reconstruindo o Afeganistão dilacerado pela guerra, grupos terroristas como a rede Haqqani e Hezbi Islami[21] estão ativamente envolvidos na insurgência talibã por todo o país, que inclui centenas de assassinatos e ataques suicidas.[22] De acordo com a Organização das Nações Unidas, os insurgentes foram responsáveis por 75% das mortes de civis em 2010 e 80% em 2011.[23][24]
Índice
1 Etimologia
2 História
3 Geografia
4 Demografia
4.1 Religião
4.2 Criminalidade
5 Política
5.1 Direitos Humanos
5.2 Símbolos nacionais
6 Subdivisões
7 Economia
8 Infraestrutura
8.1 Educação
9 Cultura
10 Ver também
11 Referências
12 Ligações externas
Etimologia |
O nome Afeganistão (em persa: افغانستان, [avɣɒnestɒn])[25] significa "Terra dos Afegãos",[26] que se origina a partir do etnônimo "Afegão". Historicamente, o nome "Afegão" designa as pessoas pachtuns, o maior grupo étnico do Afeganistão.[27] Este nome é mencionado na forma de Abgan no 3º século dC pelos Sassanianos[28] e como Avagana (afghana) no 6º século dC pelo astrônomo indiano Varahimira.[27] Um povo chamado de Afegãos é mencionado várias vezes no 10º século no livro de geografia Hudud al-'alam, principalmente quando faz-se referência a uma vila: "Saul, uma agradável vila nas montanhas. Onde vivem os Afegãos."[29]
Al-Biruni faz referência no século XI a várias tribos nas montanhas da fronteira ocidental do Rio Indo, conhecidas como Montanhas Sulaiman.[30]Ibn Battuta, um famoso estudioso marroquino que visitou a região em 1333, escreve: "Nós viajamos para Cabul, antigamente uma grande cidade, o lugar agora é habitado por uma tribo de persas chamados afegãos. Eles vivem nas montanhas e desfiladeiros e possuem considerável força, e são muitas vezes salteadores. Sua principal montanha é chamada de Kuh Sulaiman."[31]
Um importante estudioso persa do século XVI explica extensamente sobre os afegãos. Por exemplo, ele escreve:
Os homens de Cabul e Khilji voltaram para casa; e quando eles foram questionados sobre os Muçulmanos do Kohistão (as montanhas) e como estavam as coisas por lá, eles disseram, "Não chame de Kohistão, mas Afeganistão, pois não há nada lá além dos afegãos e os distúrbios." Assim, é evidente que, o povo do país chamam a sua casa no seu próprio idioma como Afeganistão, e se nomeavam Afegãos.[32]
—Firishta 1560-1620 d.C.
É amplamente aceito que os termos "Pachtum" e Afegão são sinônimos. Nos escritos do século XVII o poeta Pachto Khushal Khan Khattak é mencionado:
Puxe sua espada e mate qualquer um, que diz que Pachtum e Afegão não são um! Os Árabes sabem e assim fazem os Romanos: Afegãos são Pachtuns, Pachtuns são Afegãos![33]
A última parte do nome, -istão é um sufixo persa para "lugar", proeminente em muitas línguas da região. O nome "Afeganistão" é descrito no século XVI pelo imperador mogol Babur em suas memórias e também pelo estudioso persa Firishta e os descendentes de Babur, referindo-se a tradicional étnica afegã (pachtum) territórios entre as montanhas de Indocuche e o Rio Indo.[34] No início do século XIX, Políticos afegãos decidiram por adotar o nome Afeganistão para todo o Império Afegão após sua tradução para o inglês já havia aparecido em diversos tratados com o Império Qajar e a Índia Britânica.[35] Em 1857, na análise de John William Kaye The Afghan Warm Friedrich Engels descreve o "Afeganistão" como:
[...]um extensivo país da Ásia[...] entre a Pérsia e as Índias, e na outra direção entre Indocuche e o Oceano Índico. Ele anteriormente incluía as províncias persas de Coração e Kohistão juntamente com Herat, Baluchistão, Caxemira, Sind e uma considerável parte da região de Punjabe[...] suas principais cidades são Cabul, a capital, Gázni, Peshawar e Candaar.[36]
O Reino do Afeganistão foi, por vezes referido como Reino de Kabul, como mencionado pelo estadista e historiador britânico Mountstuart Elphinstone.[37] O Afeganistão foi oficialmente reconhecido como um estado soberano pela comunidade internacional após a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919.[38][39]
História |
Ver artigo principal: História do Afeganistão
Desde a Antiguidade, a guerra é constante na região onde hoje fica o Afeganistão, local já ocupado no século VI a.C. pela civilização bactriana, formada por um povo que incorporava elementos das culturas hindu, grega e persa. Depois disso, o território foi atacado por sucessivos invasores.[carece de fontes]
O Afeganistão foi invadido e ocupado pela União Soviética em 1979. Mas, apesar da destruição maciça provocada na sustentação logística, lutas subsequentes entre as várias facções dos Mujahidin permitiram que os fundamentalistas do Talibã se apropriassem da maior parte do país. Em 1997, as forças talibãs mudaram o nome do país de Estado Islâmico do Afeganistão para Emirado Islâmico do Afeganistão.[carece de fontes]
Nos últimos dois anos o país sofre com a seca. Estas circunstâncias conduziram três a quatro milhões de afegãos a sofrerem de inanição.[carece de fontes]
Em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque e no Pentágono, cuja autoria foi reivindicada por Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, reconhecido como herói pelos Talibãs, no dia 7 de outubro de 2001, os Estados Unidos e forças aliadas lançaram uma campanha militar, como parte de sua política antiterrorismo, caçando e prendendo suspeitos de atividades terroristas no Afeganistão e mandando-os para a base de Guantánamo, em Cuba.[carece de fontes]
Geografia |
Ver artigo principal: Geografia do Afeganistão
Um país em um enclave montanhoso, com planícies a norte e sudoeste, o Afeganistão é descrito como sendo localizado no sul da Ásia[7][40][41][42][43][44][45] ou na Ásia Central[46]. Faz parte do Grande Oriente Médio no mundo islâmico, e fica entre as latitudes 29 N e 39 N e longitudes 60 E e 75 E. O ponto mais alto do país é Noshaq com 7.492 metros acima do nível do mar.
Apesar de ter numerosos rios e reservatórios, grande parte do país está seco. A bacia endorreica de Sistan é uma das regiões mais secas do mundo.[47] Além da chuva habitual que cai no Afeganistão, o país recebe neve durante o inverno em Indocuche e nas Montanhas Pamir, e o derretimento dessa neve na primavera entra nos rios, lagos e riachos.[48][49] No entanto dois terços da água do país flui para os países vizinhos do Irã, Paquistão e Turcomenistão. O estado necessita de mais de 2 bilhões de dólares para reabilitar os sistemas de irrigação, de modo que a água seja gerida corretamente.[50]
Ao nordeste da cordilheira de Indocuche e em torno da Província de Badakhshan existe uma área geologicamente ativa em que ocorrem fortes sismos quase todos os anos.[51] Eles podem ser mortais e destrutivos, por vezes causando deslizamento de terra e no inverno avalanches.[52] Os últimos fortes terremotos ocorreram em 1998, em Badakhshan perto do Tajiquistão, matando 6000 pessoas.[53] Isto foi seguido pelos terremotos de 2002 em Indocuche, no qual mais de 150 pessoas morreram em vários países da região, e mais de 1000 ficaram feridos. O terremoto de 2010 deixou 11 afegãos mortos, mais de 70 feridos, e 2000 casas destruídas.[carece de fontes]
Os principais recursos naturais do país são: carvão mineral, cobre, minério de ferro, lítio, urânio, terra-rara, cromita, ouro, zinco, talco, barita, enxofre, chumbo, mármore, pedras preciosas e semi-preciosas, gás natural, petróleo, entre outras coisas.[54] Em 2010 funcionários do Estados Unidos e Afeganistão estimaram que os depósitos minerais inexplorados localizados em 2007 pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos valem entre US$900 bilhões e US$3 trilhões.[55][56]
Tem 652 230 km²,[57] sendo então o 41° maior país do mundo,[58] pouco maior que a França e menor que Myanmar. Faz fronteira com o Paquistão no sul e no leste, o Irã a oeste, Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão no norte, e a República Popular da China no extremo oriente.[carece de fontes]
Demografia |
Ver artigo principal: Demografia do Afeganistão
Cidades mais populosas do Afeganistão http://cso.gov.af/Content/files/2-2.pdf | |||||||||||
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Posição | Localidade | Pop. | Herat Mazar-i-Sharif | ||||||||
1 | Kabul | 3 071 400 | |||||||||
2 | Candaar | 512 200 | |||||||||
3 | Herat | 397 456 | |||||||||
4 | Mazar-i-Sharif | 375 000 | |||||||||
5 | Jalalabad | 205 423 | |||||||||
6 | Lashkar Gah | 201 546 | |||||||||
7 | Talocan | 196 400 | |||||||||
8 | Khost | 160 214 | |||||||||
9 | Sheberghan | 148 329 | |||||||||
10 | Ghazni | 141 000 |
Com a capital em Cabul e uma área de 647 500 km²; e 29 863 000 habitantes (46 hab/km²), o Afeganistão é um dos países mais pobres e inóspitos do mundo. A instabilidade política e os conflitos internos arruinaram a sua já débil economia e infra-estruturas a tal ponto que um terço da população afegã abandonou o país.[carece de fontes]
Segundo uma estimativa de 2006, a população cresce 2,67% ao ano. O índice de natalidade é de 46,6 a cada 1000 habitantes, enquanto o índice de mortalidade é 20,34 a cada 1000 habitantes. A taxa de mortalidade infantil é de 160,23 mortes a cada 1000 nascimentos. A expectativa de vida é de 43.34 anos.[carece de fontes]
Em 2001, o país tinha diferentes grupos étnicos. Os pachtuns, que tradicionalmente dominaram o país, eram 52 por cento da população; os hazaras eram 19 por cento; os tajiques, que habitavam a porção mais ao norte, eram 21 por cento; os uzbeques, que também habitavam no norte, eram 5 por cento.[14]
Religião |
Ver também: Igreja Católica no Afeganistão
Mais de 99% da população afegã é muçulmana. Cerca de 80 a 85% destes são seguidores do ramo sunita, e entre 15 a 20% são seguidores do ramo xiita, ramo do islamismo predominante entre os hazaras.[14] Há, ainda, outros 3% de muçulmanos não confessionais.[59][60][61] Até a década de 1890, a região em torno de Nuristão era conhecida como Cafiristão (terra dos cafires ou kafir (incrédulos)), por causa de seus habitantes não-muçulmanos, o nuristanis, um povo etnicamente distinto cujas práticas religiosas incluíam o animismo, politeísmo e xamanismo.[62] Há pequenas minorias de cristãos, budistas, parsis, sikhs e hindus.[63][64]
O Afeganistão é um dos vários países islâmicos que prevê a pena de morte por apostasia ou blasfémia.[65][66][67]
Criminalidade |
Ver artigo principal: Criminalidade no Afeganistão
O crime está presente em várias formas. As formas de criminalidade incluem o narcotráfico, o branqueamento de capitais, fraude, corrupção, etc.[carece de fontes]
O Afeganistão é o maior produtor mundial de ópio. De 80 a 90% da heroína consumida na Europa provêm de ópio produzido no Afeganistão. O tráfico de ópio tornou-se um importante negócio ilegal no Afeganistão desde a queda do regime talibã, em 2001. De acordo com um inquérito realizado em 2007 pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), 93% dos opiáceos no mercado mundial tiveram origem no Afeganistão.[carece de fontes]
Outras formas de criminalidade incluem roubo, bem como sequestros e assaltos.[carece de fontes]
Política |
Ver artigo principal: Política do Afeganistão
Em 27 de setembro de 1996 as forças talibãs, constituídas de ex-estudantes, derrubaram o presidente, capturaram a capital, Cabul, e passaram a controlar grande parte do país. Em novembro desse ano outras facções negociavam um governo nacional de coalizão.[carece de fontes]
O primeiro presidente do Afeganistão pós-talibã, Hamid Karzai, foi escolhido pelo governo dos Estados Unidos para dirigir um governo interino, após a queda dos Taliban.[carece de fontes]
Foram realizadas eleições a 9 de Outubro de 2004, com mais de 10 milhões de afegãos registrados para votar, mas a maioria dos 17 candidatos da oposição não reconheceu o resultado das eleições, alegando fraude; uma comissão independente encontrou evidências de fraude, mas considerou que isto não teria afectado os resultados. Karzai obteve 55,4% dos votos e foi empossado como presidente a 7 de Dezembro. Estas foram as primeiras eleições desde 1969, quando houve eleições para o parlamento.[carece de fontes]
O governo de Karzai incluía membros da Aliança do Norte, um grupo político formado por elementos de diferentes regiões e grupos étnicos nomeados pela Loya jirga - conselho ligado às antigas tradições afegãs, inicialmente constituído por membros da etnia Pashtun, majoritária, e foi formado por diferentes líderes regionais e tribais, autoridades políticas, militares e religiosas, funcionários do governo, etc.[carece de fontes]
Em 2014, após um conturbado processo, Ashraf Ghani foi eleito e empossado presidente do país.[68]
Direitos Humanos |
A Amnistia Internacional tem documentado tortura e maus-tratos em numerosas instalações de detenção no Afeganistão. Jornalistas foram presos, espancados ou mortos. A pena de morte é muitas vezes aplicada. Muitas crianças sofrem casamentos forçados e a violência doméstica é generalizada.[69]
Há também abuso infantil e abuso sexual de crianças através da prática dos Bacha Bazi.[70]
Até à data, os Hazara no Afeganistão são discriminados e perseguidos.[71][72]
Símbolos nacionais |
Ver artigo principal: Bandeira do Afeganistão, Brasão de armas do Afeganistão, Hino nacional do Afeganistão
A bandeira nacional foi adaptada pelo governo de transição em 2002. A bandeira é um rectângulo com proporções de 1:2, dividida em três barras verticais de igual largura e de cores preta à tralha, vermelha ao centro e verde ao batente. No centro da barra vermelha, o símbolo tradicional do Afeganistão, com uma mesquita no centro.[carece de fontes]
O brasão de armas tem aparecido de alguma forma sobre a Bandeira do Afeganistão desde o início da nação. A mais notável ausência foi durante a década de 1980 quando um regime comunista dominou o país, e nos finais dos anos 1990, durante o Estado do Talibã.[carece de fontes]
A mais recente alteração do brasão de armas foi a inserção da inscrição das shahada em árabe no topo do mesmo. Abaixo, está uma imagem de uma mesquita com um mehrab que se confronta com um local de oração em Meca. Anexa à mesquita estão duas bandeiras, tomadas de posição das bandeiras do Afeganistão. Abaixo da mesquita encontra-se uma inscrição que indica o nome da nação. Em torno da mesquita está uma grinalda vegetal.[carece de fontes]
"Sorud-e Melli" (em persa: سرودی ملی, Hino nacional) é o hino nacional, adoptado em 2006. De acordo com o artigo 20 da constituição do Afeganistão: "O hino nacional deverá ser em pachto e terá a menção "Alá é o maior", assim como os nomes das etnias do Afeganistão."[73]
Subdivisões |
Ver artigo principal: Subdivisões do Afeganistão
O Afeganistão subdivide-se em 34 províncias:
1. Badakhshan 2. Badghis 3. Baghlan 4. Balkh 5. Bamiyan 6. Daikondi 7. Farah 8. Fariab 9. Ghazni 10. Ghowr 11. Helmand 12. Herat | 13. Jozjan 14. Cabul 15. Candaar 16. Kapisa 17. Khost 18. Konar 19. Konduz 20. Laghman 21. Logar 22. Nangarhar 23. Nimroz | 24. Nurestão 25. Paktia 26. Paktika 27. Panjshir 28. Parwan 29. Samangan 30. Sar-i Pol 31. Takhar 32. Uruzgan 33. Vardak 34. Zabol |
Economia |
Ver artigo principal: Economia do Afeganistão
O Afeganistão é um país extremamente pobre, muito dependente da agricultura (principalmente da papoula -, matéria-prima do ópio) e da criação de gado. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma severa seca veio se juntar às dificuldades da nação entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficientes, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política. A inflação continua a ser um problema sério.[carece de fontes]
Depois do ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos que levou à derrota dos Talibã em Novembro de 2001 e à formação da Autoridade Afegã Interina (AAI) resultante do acordo de Bona de Dezembro de 2001, os esforços internacionais para reconstruir o Afeganistão foram o tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão em Janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial. As áreas prioritárias de reconstrução são: a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de setores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações. Dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 160.23 por 1000 nascimentos.[carece de fontes]
Infraestrutura |
Educação |
Ver artigo principal: Educação no Afeganistão
A partir de 2006 mais de quatro milhões de estudantes de ambos os sexos estavam matriculados em escolas por todo o país. No entanto, ainda existem obstáculos significativos à educação no Afeganistão, decorrentes da falta de financiamento, edifícios escolares inseguros e normas culturais. A falta de professoras é uma questão que diz respeito a alguns pais afegãos, especialmente em áreas mais conservadoras. Alguns pais ainda não permitem que as suas filhas sejam ensinadas por homens.[carece de fontes]
Alfabetização de toda a população está estimada (em 1999) em 36%, a taxa de alfabetização do sexo masculino é de 51% e do feminino 21%. Até agora, existem 9.500 escolas no país.[carece de fontes]
Outro aspecto da educação que está mudando rapidamente no Afeganistão é a cara do ensino superior. Após a queda do regime talibã, a Universidade de Cabul foi reaberta para estudantes de ambos os sexos. Em 2006, a Universidade Americana do Afeganistão também abriu suas portas, com o objectivo de proporcionar um mundo de classe, Inglês como língua, a coaprendizagem ambiente educacional no Afeganistão. A universidade aceita alunos provenientes do Afeganistão e os países vizinhos. Trabalhos de construção vão começar em breve no novo sítio selecionado para a Universidade de Balkh em Mazari Sharif. O novo edifício para a universidade, incluindo o edifício para o Departamento de Engenharia, seria construído em 600 acres (2,4 km ²) de terras, ao custo de 250 milhões de dólares americanos.[carece de fontes]
Cultura |
Ver artigo principal: Cultura do Afeganistão
Ver também |
- Lista de Estados soberanos
- Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia
- Missões diplomáticas do Afeganistão
- Forças Armadas do Afeganistão
- Invasões do Afeganistão
Referências
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