Sinvastatina
Sinvastatina Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | (1S,3R,7S,8S,8aR)-8-{2-[(2R,4R)-4-hydroxy-6-oxooxan-2-yl]ethyl}-3,7-dimethyl-1,2,3,7,8,8a-hexahydronaphthalen-1-yl 2,2-dimethylbutanoate |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
DrugBank | APRD00104 |
ChemSpider | |
Código ATC | C10 |
SMILES |
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Propriedades | |
Fórmula química | C25H38O5 |
Massa molar | 418.54 g mol-1 |
Farmacologia | |
Biodisponibilidade | <5% |
Via(s) de administração | oral |
Metabolismo | hepático (CYP3A4) |
Meia-vida biológica | 3 h |
Ligação plasmática | 95% |
Excreção | biliar 60% y urinária 15% |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Sinvastatina é um fármaco pertencente do grupo das estatinas, que atua inibindo a hidroximetilglutaril coenzima A redutase. Indicada para o tratamento de dislipidemias, tendo como objetivo a redução dos níveis de colesterol LDL (ruim) e triglicerídeos e aumento do colesterol HDL (bom) no sangue. Seu uso deve ser acompanhado de dieta. A sinvastatina é um composto sintético derivado produto da fermentação do Aspergillus terreus.
Índice
1 Indicação
2 Contra-Indicações[1]
3 Farmacocinética
4 Precauções
5 História
Indicação |
A sinvastatina é indicada para pacientes com doenças cardiovasculares como adjuvante à dieta para reduzir os níveis elevados de colesterol total, LDL, apolipoproteína B (apo B) e triglicérides e para aumentar os níveis de HDL em pacientes com hipercolesterolemia primária, Hipercolesterolemia hereditária (familiar) heterozigótica ou hiperlipidemia combinada (mista). Estudos recentes indicam benefício significativo da sinvastatina para pacientes com arteriosclerose.[1]
Contra-Indicações[1] |
- Hipersensibilidade a qualquer componente da formulação;
Doença hepática ativa ou elevações persistentes ou inexplicadas das transaminases séricas;- Distúrbios musculares;
- Terapia concomitante com bloqueador dos canais de cálcio, antifúngicos azólicos, os antibióticos macrolídeos, eritromicina e claritromicina ou o antidepressivo nefazodona;
- Gravidez e lactação.
Farmacocinética |
Após a ingestão com ou sem alimentos, a Sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisada a um metabólito ß-hidroxiácido, com atividade inibidora da 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A redutase (HMG-CoA redutase). O máximo de concentração plasmática da Sinvastatina e de seus metabólitos é atingido cerca de 1,3 a 2,4 horas após a ingestão. Em sua primeira passagem pelo fígado, pelo qual possui grande seletividade, sofre ampla metabolização (60%) e excreção por bile. São metabolizados pela isoforma 3A4 do citocromo P450. Com 99% de UPP, apenas 5% da dose chega aos tecidos alvos. As principais vias de eliminação são urina, fezes e bile. [1]
Precauções |
Evitar o uso concomitante com anti-retrovirais. É hepatotóxica em grandes doses.
História |
O desenvolvimento de sinvastatina está intimamente relacionado com a investigação e o desenvolvimento da lovastatina. O bioquímico Jesse Huff e os seus colegas no laboratório Merck começaram a pesquisar a biossíntese do colesterol no início dos anos 1950.
Em 1959, a enzima HMG-CoA redutase (um dos principais fatores de produção do colesterol) foi descoberta por pesquisadores no Instituto Max Planck. Esta descoberta incentivou a maioria dos cientistas mundiais a encontrar um meio eficaz de inibir esta enzima. Em 1976, o pesquisador Akira Endo tinha conseguido isolar o primeiro inibidor desta enzima a partir do fungo, Penicillium citrinium na cidade de Sankyo, no Japão até que em 1979, Hoffman e seus colegas isolaram a lovastatina de um fungo, o Aspergillus terreus. Embora estivessem desenvolvendo e pesquisando a lovastatina, os cientistas do laboratório Merck descobriram um outro potente inibidor da HMG-CoA redutase a partir de um produto da fermentação do Aspergillus terreus, que foi designado MK-733 e mais tarde passou a ser conhecido como sinvastatina.
↑ abc http://www.bulas.med.br/bula/7726/sinvastatina.htm