Fernando Garcia de Hita
Fernando Garcia de Hita | |
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Senhor de Hita, Guadalajara, Medinaceli, e Uceda | |
Cônjuges | ● Trigida Fernandes ● Estefânia Ermengol |
Morte | Antes de 1135 |
Pai | Garcia Ordonhes |
Mãe | Urraca Garcês de Pamplona |
Fernão Garcia de Hita (c. 1065 — antes de 1135). Foi senhor de Hita, Uceda, Guadalajara, e Medinaceli e o ascendente da Casa de Castro.[1]
Índice
1 Origens familiares
2 Casamento e descendencia
3 Notas
4 Referências
5 Bibliografia
Origens familiares |
Sua filiação foi debatida entre os historiadores e genealogistas de todos os tempos. Alguns argumentam que era filho natural do rei Garcia da Galiza,[2] embora nunca ele se chama a si mesmo filius regis na documentação. De acordo com Jaime de Salazar y Acha, Fernando foi o filho do conde Garcia Ordonhez e a infanta Urraca Garcés, filha legítima do rei Garcia Sanchez III de Pamplona e a rainha Estefanía de Foix, o que confirmaria a ascendência da casa real pamplonesa que a maioria dos historiadores atribuem à Casa de Castro. O autor apresenta vários argumentos a favor desta filiação, incluindo uma citação do cronista muçulmano Ibn Abu Zar em seu Rawd al-Qirtas: "o emir Ibn al Zand Mazdali Garsis sabia que Ibn al Zand Garsis (filho do conde Garcia) senhor de Guadalajara cerco Medinaceli e foi dirigido contra ele" e evidência-se na documentaçao que Fernando Garcia era o senhor daquela cidade entre 1107 e 1110.[3]
Outro argumento que justifica esta filiação é o fato de que ele tinha um irmão que seria filho ilegítimo, Fernando Garcia chamado "o Menor" que aparece na documentação com o apelido de "Pellica", que parece significar "bastardo", derivado de "pellicatus", isto é, do adultério.[a] De acordo com Salazar e Acha, na dinastia pamplonesa era um hábito típico de colocar a dois irmãos, um bastardo e um legítimo, o mesmo nome, que ainda sustenta sua hipótese sobre a paternidade de Fernando Garcia de Hita[b]
Casamento e descendencia |
Fernando García de Hita casou pela primeira vez com Trigida Fernandez[1] (morta depois de 1096), data em que ambos fizeram uma doação ao Mosteiro de Sahagún, filha do conde Fernão Gonçalves e Trigida Guterres, filha de Guterre Afonso, conde em Grajal de Campos. Desta união nasceram:
Guterre Fernandes de Castro, esposo de Toda Dias, filha de Diego Sanches e Enderquina Álvarez,[4] não tinha filhos de seu casamento e seus sobrinhos, filhos de seu irmão Rodrigo, herdaram as suas propriedades;
Rodrigo Fernandes de Castro, falecido cerca de 1142, casado com Elo Alvarez, filha de Álvar Fáñez e a condessa Mor Peres, éta última filha do conde Pedro Ansúres.[5] Depois de viúva, Elo se casou novamente e foi a terceira esposa do conde Ramiro Froilaz.
Fernando contraiu um segundo casamento cerca de 1110[6][c] com Estefânia Ermengol, também chamada Estefânia de Urgell, filha do conde Ermengol V de Urgell e a condessa Maria Peres, filha de Pedro Ansúrez.[7][d]
- Urraca Fernandes de Castro (morta depois de 1143)[8] casada com o conde Rodrigo Martínez,[e] sem descendência. Foi amante do rey Afonso VII com quem teve uma filha, Estefânia Afonso, a esposa do Fernando Rodrigues de Castro "o Castelhano";[9]
Martim Fernandes de Hita (morto depois de 1143)[8] casado com Elvira, con sucesión. Também foi alcaide de Hita e participou na conquista de Almeria;[10]
Pedro Fernandes de Castro "Potestad" (morreu a 10 de julho de 1184)[6] o primeiro mestre da Ordem de Santiago, esposo de Maria Peres de Lara, filha do conde Pedro Gonçalves de Lara e a condessa Ava (viúva do conde Garcia Ordonhez);[11]
- Sancha Fernandes;[11][12] e
- Garcia Fernandes de Castro.[f]
A medievalista Margarita Torres sugere que Fernando também poderia ser o pai de um Fernão Fernandes que foi alcaide de Hita.[13]
Notas |
- Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em castelhano, cujo título é «Fernando García de Hita», especificamente desta versão.
[a] ^ Em 1121 no Mosteiro de Santo Domingo de Silos, Ferrant Garciet de Fita confirmou uma doação da rainhaUrraca e depois confirma Garciet Ferrant , frater eius.
[b] ^ Salazar y Acha menciona vários casos, por exemplo, dois filhos do rei Sancho Garcês III de Pamplona, Ramiro e o futuroRamiro I de Aragão, como età registrado em 1020 no Mosteiro de San Millán de la Cogolla, doc. 171, Garsea regulus confirmans, Ranimirus frater eius confirmans, Ranimirus alius frater eius confirmans; dois filhos de Garcia Sanchez III de Pamplona o legítimo Sancho Garcês IV de Pamplona e seu irmão, Sancho Garcês, senhor deUncastillo e Sangüesa; dois filhos de Sancho Garcês IV de Pamplona chamados Garcia; e, finalmente, dois filhos de Ramiro I de Aragão, seu filho legítimo Sancho I de Aragão e Sancho Ramirez.
[c] ^ A 12 novembro 1119, Fernando na carta de arras a sua esposa, declara tibi uxori mee Estefania Ermengoz, comitis Ermegodis filie.
[d] ^ Estafânia depois de enviuvar, casou-se novamente com o conde Rodrigo Gonçalez de Lara.
[e] ^O Conde Rodrigo Martinez, filho do conde Martín Flaínez, a 21 de novembro de 1129 da carta de arras a sua esposa UrracaFernandi Garcie et infantisse domine Steppahnie filie.
[f] ^Em 1139, seu irmão Pedro doou sua propriedade em Villamayor ao Mosteiro de San Vicente, exceto a parte que deixou a seu irmão Garci Fernandez.
Referências
↑ ab Canal Sánchez-Pagín 1984, p. 46.
↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 79-80.
↑ Canal Sánchez-Pagín 1984, p. 44-45.
↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 86.
↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 89.
↑ ab Canal Sánchez-Pagín 1984, p. 53.
↑ Canal Sánchez-Pagín 1984, p. 37.
↑ ab Canal Sánchez-Pagín 1984, p. 39.
↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 84.
↑ Torres Sevilla-Quiñónes de León 1999, p. 84.
↑ ab Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 85.
↑ Canal Sánchez-Pagín 1984, p. 43.
↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 83.
Bibliografia |
Canal Sánchez-Pagín, José María (1984). «Don Pedro Fernández, primer maestre de la Orden Militar de Santiago: Su familia, su vida». Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, CSIC: Institución Milá y Fontanals. Departamento de Estudios Medievales. Anuario de Estudios Medievales (em espanhol). 14: 33-72. ISSN 0066-5061
Salazar y Acha, Jaime de (1991). «El linaje castellano de Castro en el siglo XII: Consideraciones e hipótesis sobre su origen». Anales de la Real Academia Matritense de Heráldica (em espanhol) (1): 33-68. ISSN 1133-1240
Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita Cecilia (1999). Linajes nobiliarios de León y Castilla: Siglos IX-XIII (em espanhol). Salamanca: Junta de Castilla y León, Consejería de educación y cultura. ISBN 84-7846-781-5
Ubieto Arteta, Antonio (1976). Cartulario de San Millán de la Cogolla (759-1076) (em espanhol). Zaragoza: Anubar Ediciones. ISBN 84-7013-082-X