Prabhat Ranjan Sarkar
Prabhat Ranjan Sarkar (1921-1990) foi um filósofo indiano. Criou a PROUT (teoria de utilização progressiva).
[[Categoria:Filósofos da Índia]Desde a sua tenra infância em Bihar, na Índia, onde nasceu em 1921, Prabhat Ranjan Sarkar atraiu pessoas por meio do seu profundo amor pela humanidade guiando-as ao longo do caminho da auto-realização. Ajustando a antiga ciência do Tantra Yoga, no sentido de atender às necessidade da época actual, Sarkar desenvolveu uma filosofia espiritual racional e científica juntamente com um sistema de disciplinas práticas visando o desenvolvimento humano – físico, mental e espiritual. Sendo reconhecido como um Mestre espiritualmente realizado, foi chamado “Shrii Shrii Ánandamúrti” que significa “Aquele que atrai outros como a personificação da Bem-Aventurança”, ou simplesmente por “Baba” (“amado”).
As pessoas que seguiram os seus ensinamentos viram as suas vidas transformadas, na medida em que superaram as fraquezas e as tendências negativas da mente, experienciando uma profunda paz e bem-aventurança internas. Inspiradas pelo seu exemplo altruísta, direccionaram as suas energias para servir a sociedade e ajudar os oprimidos.
Em 1955, enquanto ainda levava uma vida familiar normal, e profissionalmente trabalhava como supervisor da Rede Ferroviária da Índia, P.R. Sarkar formou a organização Ánanda Márga (“O Caminho da Bem-Aventurança“), começando a treinar monges missionário(a)s para propagar os seus ensinamentos de “auto-realização e serviço à humanidade” por toda a Índia, e mais tarde, por todo o mundo. Reflectindo a amplitude da sua visão universal, a sua missão tornou-se uma organização multi-facetada com diferentes ramos dedicados à elevação da humanidade através da educação, auxílio a calamidades, bem estar social, artes,ecologia, renascimento intelectual, emancipação feminina e economia humanista.
Visando o bem estar colectivo da sociedade como um todo, propôs a Teoria de Utilização Progressiva – PROUT, que defende a máxima utilização e a distribuição racional de todos os recursos e potencialidades do mundo – sejam físicos, mentais e espirituais – assim como a criação de uma nova e humanista ordem social de harmonia e justiça para todos.
O seu inflexível posicionamento moral contra a corrupção e exploração, assim como a sua exigência por justiça social, atraiu a oposição de certos interesses, resultando na sua perseguição e aprisionamento, em 1971, com falsas acusações. Durante o seu encarceramento, de 7 anos, sobreviveu a um atentado por envenenamento perpretrado pelas autoridades penitenciárias e jejuou por cinco anos e meio em protesto. Por fim, absolvido de todas as acusações pelo Tribunal Supremo, foi libertado em 1978.
Até à sua partida, em 1990, guiou a rápida expansão da sua missão por todo o mundo